A favor do exame de Ordem da OAB

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Por Marcello Oliveira, Presidente da Comissão de Exame de Ordem da OAB-RJ.

O parecer da Comissão de Educação, Cultura e Esporte que analisou o projeto de lei de autoria do senador Gilvam Borges, propondo a abolição do Exame de Ordem, é peremptório: a manutenção de elevados padrões de admissão ao exercício da advocacia é elemento essencial para a defesa da sociedade. Não poderia ser outra a conclusão.

Temos observado diuturnamente os efeitos positivos que a mudança cultural promovida pelo Exame de Ordem trouxe à advocacia. Advogados bem preparados, orgulhosos de sua formação e ciosos de seus deveres perante o jurisdicionado e perante o Poder Judiciário. Ao mesmo tempo, advogados de brio, que enfrentam eventuais abusos e desvios de conduta no exercício do poder pelo Estado e seus representantes.

Nem se diga que o Exame de Ordem inviabilizou o ingresso de bacharéis nos quadros da OAB. Anualmente, contingente expressivo de advogados é admitido, e determinados cursos de Direito mais tradicionais do Estado do Rio de Janeiro atingem 80% de aprovação.

Onde está, então, o problema? Na admissão irrestrita e desmedida de alunos nos bancos universitários, sem rigorosa seleção por instituições de ensino que ignoram a importância do vestibular.

A extinção do Exame de Ordem apenas serve a propósitos eleitoreiros. A população e os advogados são favoráveis a ele. Da mesma forma, o Senado acaba de se manifestar pela sua fundamental importância. Outras carreiras pensam em adotar modelo semelhante para selecionar seus quadros. Esse é o caminho natural, e a OAB não esmorecerá na sua batalha pelo fortalecimento da advocacia e, com isso, pelo engradecimento da própria instituição.


Esse artigo mais se parece com um recado direto para o grupo que deseja o fim do Exame da OAB. Resumindo a mensagem: "Desistam, pois o Exame não vai acabar!"

5 comentários:

Anônimo,  9 de outubro de 2009 às 10:59  

E é esse mesmo o recado: desistam que o exame não vai acabar. E ponto final.Aos bacharéis que pretendiam um dia se tornar advogado sem aprovação no exame, um singleo alerta: "reforçem a proteção, porque o bicho vai pegar", ou seja, a OAB vai dificultar ao máximo a aprovação no exame, a partir de 2010 só mesmo quem restiver muito qualificado é que será aprovado. Agora que ela já sabe que o exame não corre mais tisco, vai apertar de vez.Lembram da dificuldade que é aprovação no concurso da magistratura? Pois é, a coisa vai ficar mais ou menos desse jeito.E cá para nós, sou absolutamente favorável que as exigências sejam maiores mesmo, chie quem chiar, estrubuche quem estrebuchar.

Anônimo,  9 de outubro de 2009 às 11:25  

Só repetindo para retificar os erros.

E é esse mesmo o recado: desistam que o exame não vai acabar. E ponto final.Aos bacharéis que pretendiam um dia se tornar advogado sem aprovação no exame, um singelo alerta: "reforçem a proteção, porque o bicho vai pegar", ou seja, a OAB vai dificultar ao máximo a aprovação no exame, a partir de 2010 só mesmo quem tiver muito qualificado é que será aprovado. Agora que ela já sabe que o exame não corre mais risco, vai apertar de vez.Lembram da dificuldade que é aprovação no concurso da magistratura? Pois é, a coisa vai ficar mais ou menos desse jeito.E cá para nós, sou absolutamente favorável que as exigências sejam maiores mesmo, chie quem chiar, estrubuche quem estrebuchar.

Anônimo,  9 de outubro de 2009 às 22:49  

A contradição e a desinformação contidas nessa manifestação "A Favor do Ecame de Ordem" é tamanha, que nos deixa estarrecido e até mesmo estarrecido, visto que, esta só reafirma o verdadeiro interesse contido na aplicação de tal exame, e com certeza, não é a melhoria na qualidade de ensino e tampouco na formação do profissional do Direito. Se este fosse o principal interesse da OAB, a linha de ataque seria outra e, nem preciso dezer qual,mas não seria contra os Bacharéis em Direito.
O ecame de ordem não eleva nenhum padrão ao exercício da advocacia, visto que, não forma e nem capacita ninguém, portanto inexiste qualquer elemento contributivo quanto mais essencial no preparo do Advogado.
Quanto à mudança cultural que o este instituiu, concordo com o digníssimo,esta realmente ocorreu,mas não é das melhores,o que dantes era uma classe admirada, respeitada e até invejada, hoje é desprestigiada desacreditada e desqualificada pela sua própria entidade representativa. Como enttidade de classe que é, a OAB deveria defender os interesses da classe que representa e no entanto os seus dirigentes esqueceram disso,que esta entidade foi criada por Bacharéis, grandes e admiráveis, advogados, pleiteavam em juízo a favor da sociedade, do Direito e da Justiça.
Por fim, os propósitos do exame de ordem, são mesmo eleitoreiros, politiqueiros(não políticos)e financeiros.
Os Deputados e senadores não se esqueçam que, Bacharéis votam, tem família que vota, amigos e por aí vai.Façam as contas.Essa cominidade está que com grande luta e muito sacrifício buscou a formação e depois foi impedida, por alguns interesseiros, de exercer a profissão está de olho.

Orlando.,  11 de outubro de 2009 às 03:32  

Dr. Maurício, não entendi sua atitude em colocar apenas a opinião do Dr. Marcello, a favor do Exame de Ordem, visto que na mesma reportagem o Dr. Miguel Ângelo, se expressa muito bem sua opinião contra o Exame de Ordem.
A reportagem em questão, tinha dois tópicos para mostrar a sociedade o porquê do Exame, e o absurdo de ter que se fazer o Exame.
Gostaria que fosse colocado a opinião do Dr. Miguel, para que todos possam refletir os dois lados em questão.

Maurício Gieseler de Assis 13 de outubro de 2009 às 10:47  

Orlando.

Você deve estar se confundindo. A entrevista é com o Dr. Marcelo e o Dr. Miguel não aparece nela.

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