MEC diz à OAB que agirá com mais rigor
quarta-feira, 4 de março de 2009
A secretária de Ensino Superior do Ministério da Educação, Maria Paula Dallari Bucci, informou ontem ao presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil, Cezar Britto, que o MEC anunciará nos próximos dias normas mais rigorosas para abertura e funcionamento de novos cursos de Direito, podendo haver inclusive fechamento de alguns.
Além disso, a comissão de supervisão das faculdades já em funcionamento - da qual a OAB é integrante - vai reunir-se para avaliar o que aconteceu aos 89 cursos de Direito em que o ensino foi considerado, pelo Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enad), como extremamente deficiente. A secretária do MEC salientou que os cursos que firmaram, mas não cumpriram, acordo de saneamento para melhoria da qualidade de ensino poderão ser fechados.
Se as instituições que assinaram o termo de compromisso para melhoria de qualidade do ensino não tiverem cumprido o compromisso, serão levadas a um processo disciplinar que, no limite, pode resultar no encerramento da oferta do curso, afirmou Maria Paula Dallari, após reunir-se com Cezar Britto e com o presidente da Comissão de Ensino Jurídico do Conselho Federal da OAB, Adilson Gurgel.
Britto disse acreditar que novos marcos regulatórios para o ensino devem sair a partir dessas novas conversas entre MEC e OAB, conversas que estão ocorrendo entre parceiros que querem o melhor para o Brasil - e o Brasil só será melhor se o ensino for de qualidade.
O presidente nacional da OAB classificou a reunião como muito boa, com avanços sobretudo no que se refere à necessidade de qualificar cada vez mais o ensino do Direito no País. A OAB tem buscado cada vez mais a qualidade no ensino jurídico; a qualidade é fundamental para evitarmos o que chamamos de conto do vigário educacional - a ilusão que se dá àquele que quer ascender socialmente, por meio do curso, e só vai perceber quatro ou cinco anos depois que o curso para nada serve. Essa busca pressupõe uma concertação entre OAB e MEC, disse Britto.
O MEC é que dá a palavra final na criação, reconhecimento, fiscalização e supervisão dos cursos; e a OAB tem participação nesse processo, por sua compreensão cidadã e, também, pela sua tarefa legal de contribuir para aperfeiçoamento dos cursos de Direito.
Durante a reunião, a secretária de Ensino Superior do MEC discutiu ainda com a OAB uma forma de a entidade da advocacia abastecer o Ministério com os dados relativos aos resultados do Exame de Ordem, para subsidiar as políticas de ensino de Direito. O Exame de Ordem é um sistema estabelecido há muito tempo e tem muita tradição, serve como referência ou indicador de qualidade, para os cursos que podem ter problemas de qualidade, observou Maria Paula Dallari.
O MEC pode passar a utilizar esse indicador nas renovações de reconhecimento, de maneira que o curso que está funcionando e não tem resultados satisfatórios de seus alunos na OAB, vai passar a ser examinado com mais a tenção e mais de perto pelo MEC; porque é possível que ele tenha problemas na esfera própria de competência do MEC, concluiu.
Fonte: Jornal do Commercio
3 comentários:
HELLO MEC! Tem faculdade particular e tradicional, a beira do mar, no RJ EM GREVE! FACULDADE PARTICULAR EM GREVE??? bizarro!!!!
Desde que me entendo por gente, e olha que faz tempo pra caramba, que o MEC fala essas babozeiras. Esse país (como o mundo todo), é um paisinho sem-vergonha onde o que rola mesmo é a corrupção para todos os lados. Se o MEC quisesse já há muito tempo o ensino no Brazil seria coisa séria e que nem precisaria a OAB ficar se metendo onde não é papel dela. Aliás, já que a OAb tanto reclama, or que ela, com o lobby poderoso que tem no legislativo, não realiza o vestibular para infgresso nas faculdades de direito? Certamente com isso o nível dos bachareis iria dá uma bela alavancada para cima.Ms tenho que ressalvar o seguinte, é um tremendo equivoco com essa exame que é realizado afirmar que os bachareis t~em nível ruim, afinal essas provas malucas, imbecis e injustas não provam coisa alguma.
"Brazil" foi erro de digitação.
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