Fraude no Exame de Ordem - A versão do bacharel de Osasco
quarta-feira, 3 de março de 2010
Eu já vi desculpa ruim, mas essa foi a campeã de todos os tempos...
Candidato de Osasco tinha respostas anotadas a lápis em livro, diz OAB
G1
O bacharel que foi pego colando no exame da Ordem dos Advogados do Brasil, aplicado de forma unificada em todo o país no último domingo (28), tinha as respostas da prova anotadas a lápis nas páginas do Código Penal, que podia ser consultado durante a prova. A fraude aconteceu na cidade de Osasco (SP).
Na terça-feira (2), o Conselho Federal decidiu suspender a correção das provas para que o caso seja apurado. No próximo domingo, o órgão se reúne para decidir se é o caso de cancelar o exame.
“Se a fraude tiver sido localizada em São Paulo, muito provavelmente a prova será invalidade somente em São Paulo”, afirmou ao G1 Edson Cosac Bortalai, presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem de SP.
Segundo Bortalai, o candidato alegou que pegou o código emprestado numa biblioteca e só se deu conta que as respostas estavam anotadas no momento da aplicação da prova. “Ele nem chegou a colar. O fiscal percebeu logo no início e ele foi retirado da sala.” O bacharel vai responder a processo crime e Bortalai disse que, mesmo que seja aprovado em outro ano, dificilmente irá conseguir a carteira da OAB por falta de idoneidade.
Respostas datilografadas
O presidente da Comissão da OAB-SP relatou ainda que houve outro episódio de suspeita de fraude em Osasco. O tempo mínimo de prova, com duração máxima de cinco horas, é de duas horas e meia –antes desse horário o candidato não pode deixar a sala. No entanto, uma hora e 45 minutos após o início da prova, uma folha de papel com as respostas datilografadas, cheias de erros de português, segundo Bortalai, foi entregue para a imprensa local de Osasco.
“Pode ter acontecido de um candidato, que estivesse sentado perto de uma janela, ter escrito as questões numa folha de papel e jogado para um cupincha do lado de fora. Mas não me preocupei com isso, porque não havia sido antes do exame, mas durante. Muitos cursinhos mandam professores fazer a prova para ter a correção antes.”
A prova prático-profissional, que inclui redação de peça jurídica e de cinco questões práticas, além de Direito Penal, também inclui provas nas áreas de Direito Administrativo, Direito Civil, Direito Constitucional, Direito do Trabalho, Direito Empresarial e Direito Tributário.
Uma sindicância interna deve ser aberta pelo Centro de Seleção e Promoção de Eventos da Universidade de Brasília (Cespe/UnB), que imprime os cadernos de prova e faz a logística da distribuição e aplicação das provas no país.
No total, 1.029 bacharéis se inscreveram em Osasco para fazer o Exame de Ordem. Desses, 1.004 fizeram o exame, mas somente 152 foram aprovados para a segunda fase.
Fonte: Goiasnet
10 comentários:
Deu-se início operação abafa !!! É máfia funcionando !!!
Depois desse procunciamento da OAB-SP, tenho plena convicção que não anulam.
Justiça seja feita!
Estranha essa conversinha de que alguém pode ter jogado pela janela para o lado defora. E é estranho porque, pelo que parece, um outro bacharel foi surpreendido com as respostas das questões anotadas em seu código. Vai também a OAB querer dizer que alguem jogou essas respostas pela janela para dentro da sala e aí o sujeito copiou em seu código? Francamente, deve ter alguém da OAB metido nessa encrenca e por isso querem descaracterixar a fraude.O exame está definitivamente contaminado. Tem que cancelar e cancelar no Brasil inteiro.
Espero que eles só anulem a prova da cidade de Osasco.... senão será uma grande injustiça!!!!!
donizete...como foi sua prova?
A postura ética faz parte da prova. Ainda que a conduta do fraudador seja um indiferente penal, por ausência de tipicidade, que seja julgado administrativamente pelo conselho da ordem e punido exemplarmente, sob pena de ratificar a má-fama dos advogados. Já passou da hora de tipificar a conduta da fraude em concursos, visto que quase todo concurso é fraudado, com enormes prejuízoa aos examinandos.
André Garcia, a minha prova foi excelente, na época que prestei o exame, há mais de 2 anos, na primeira fase acertei 83 questões e minha nota na segunda fase foi 8.70 (arredondada para 9).Algo mais que queira saber?
quero saber pq defende a anulação, vc como causistico, o que acha justo? se fosse a sua prova prestes a ser anulada? a que vc virou noite estudando, se dedicou com tudo que tinha...vc faria novamente por esse erro da banca....so quero minha prova corrigida sabichão...!
Se houve vazamento das questões, quem garante, por exemplo, que você não foi um dos beneficiados? É por isso que defendo a anulação, simples assim.
Sei que a impropriedade remete nossa desconfiança para o CESPE, entidade que aplica o concurso. Mas minha modesta experiência aponta para um furo local. Pra mim, basta uma investigação mais cuidadosa em Osasco e a coisa se resolve sem penalizar ainda mais os candidatos que, procedentes de escolas descompromissadas, impõem sobre eles essa penosa jornada.
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