Prepare-se com Estratégia, Eficiência e Racionalidade

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Artigo do Prof. Rogerio Neiva, Juiz do Trabalho - 10ª Região, Professor de curso preparatório para concursos e exame da OAB, Autor do livro "Concursos Públicos e Exames Oficiais: Preparação Estratégica, Eficiente e Racional" (Editora Atlas), criador do sistema Tuctor. Foi com o Prof. Rogério que me preparei para a 2ª fase no exame de ordem em que fui aprovado.

Os números dos resultados do Exame da OAB têm indicado uma crescente redução dos índices de aprovação, principalmente em relação à primeira fase. Este cenário acaba por se tornar um agravante para os candidatos, na medida em que gera a percepção de que a visualização do nome na lista de aprovados consiste num objetivo distante e de dificuldade elevada. Apesar das críticas que possam ser dirigidas ao ensino jurídico enquanto responsável pela situação, o candidato deve compreender que a aprovação não consiste em algo distante, mas sim num objetivo que se encontra em suas mãos. Basta desenvolver uma preparação de forma estratégica, eficiente e racional. O investimento de 200 horas de estudos, em média, é mais do que suficiente para que o candidato esteja em condições de ser aprovado.

Os dados revelados sobre os resultados do 1º Exame de 2009 indicaram uma redução significativa no número de aprovados, sendo comparados com o último exame de 2008. Tal fenômeno ocorreu em todo o país, sendo que no Estado de São Paulo, uma das poucas seccionais a divulgar oficialmente os resultados, o universo de reprovados correspondeu a cerca de 88% dos candidatos. Por outro lado, também é inegável que o grande gargalo do exame consiste na primeira fase. No último exame de 2008, na primeira fase foram aprovados 35,72% dos candidatos, sendo que destes 76,55% passaram na segunda fase.

Diante do referido cenário, não se pode negar que haja alguma responsabilidade do sistema de ensino jurídico, o qual normalmente figura como o grande vilão do processo, recebendo todas as responsabilidades. No entanto, apesar do sentido que possa fazer as referidas críticas, é fundamental a compreensão de que o candidato conta com todas as condições de buscar a aprovação, independente de possíveis carências que tenha herdado do sistema de ensino. Ou seja, a aprovação está nas mãos do candidato! Basta se preparar de forma estratégica, eficiente e racional.

Muitos candidatos sequer pensam a preparação de maneira estratégica. Muitos não elaboram qualquer tipo de planejamento, não refletem sobre conteúdos e matérias que possam ser cobrados na prova, sobre o tempo que vão disponibilizar para o estudo, sobre o tempo razoavelmente necessário aos estudos, bem como sobre a disponibilidade de tempo existente considerando a provável data da prova.

Assim, o primeiro passo para encarar a preparação de forma estratégica consiste na compreensão da importância e da necessidade de um planejamento. A partir desta premissa, é fundamental a estruturação do plano de estudos e a definição de mecanismos que assegurem o monitoramento e o controle da sua execução, inclusive considerando a provável data da prova.

A preparação para um concurso ou para um exame como o da OAB deve ser encarada como um empreendimento cognitivo-intelectual. O objetivo maior do candidato consiste na disponibilidade da informação solicitada no momento da prova, o que exige a compreensão da preparação como um processo voltado à apropriação intelectual e disponibilidade das informações que serão demandadas pelo examinador.

Para a montagem do planejamento de estudos quatro elementos são fundamentais: definição de programa, definição de fontes de estudo, levantamento do tempo a ser investido e alocação das matérias.

Portanto, o primeiro passo consiste na definição do programa a ser estudado, o que consiste no conjunto de matérias e conteúdos que devam ser enfrentados pelo candidato. Esta informação deve ser extraída do edital, disponível a todos os candidatos na página do Cespe.

O segundo passo consiste na definição das fontes de estudos. Esta decisão deve ser tomada considerando duas variáveis fundamentais, as quais estão intimamente ligadas, mas normalmente inversamente relacionadas. Uma consiste no tempo e outra na eficiência do processo de aprendizagem. O estudo bibliográfico por manuais analíticos, por exemplo, indicado para concursos como o da Magistratura e Ministério Público, tende a assegurar um nível elevado de eficiência da apropriação da informação, mas exige um tempo significativo.

No caso do exame da OAB, o estudo bibliográfico por manuais de caráter sintético, tais como livros com perfil de resumo ou sinopse, atende tranqüilamente o nível de exigência da prova. Caso o candidato opte por uma preparação por meio de aulas, o que pode proporcionar uma eficiência de apropriação da informação mais limitada comparativamente com o estudo bibliográfico, deve ter o cuidado de avaliar se o conteúdo das aulas é desenvolvido conforme o programa de estudos do Exame.

O terceiro passo consiste no levantamento do tempo que será disponibilizado. Ou seja, o candidato deve levantar a sua grade horária de estudos, apurando quais as janelas da semana irá dedicar à preparação. Em seguida, deve fazer a alocação das matérias, procurando observar uma lógica de eficiência e racionalidade de tal alocação, por exemplo alocando matérias de maior importância em janelas de maior disposição intelectual.

Além da montagem do plano de estudos, o candidato precisa ter a preocupação com o monitoramento da sua execução. O sistema Tuctor (abrigado no site www.tuctor.com.br) consiste numa plataforma eletrônica voltada à montagem do planejamento da preparação, bem como ao monitoramento e controle da sua execução, mensurando inclusive estimativas de previsão da conclusão dos estudos. Utilizando este sistema é possível constatar que as 200 horas de estudos, em média, são suficientes para o esgotamento do programa por meio do estudo bibliográfico.

Pensando a preparação de forma estratégica, com a montagem de um planejamento adequado e o implementando de forma eficiente, o candidato estará em plenas condições de figurar na lista de aprovados. O Exame da OAB conta com a peculiaridade de não envolver disputa de vagas, ou seja, o candidato é o seu único concorrente. Portanto, caro candidato, a sua aprovação depende apenas de você!

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