Senado vai promover audiência pública sobre Exame de Ordem

quinta-feira, 21 de maio de 2009

O presidente da Comissão Nacional de Legislação da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Marcus Vinicius Furtado Coêlho, comunicou hoje (21) ao presidente nacional da entidade, Cezar Britto, que a Comissão de Educação do Senado decidiu realizar audiência pública para discutir a extinção do Exame de Ordem. O fim do Exame de Ordem é objeto do projeto de lei - PLS 186, de 2006, de autoria do senador Gilvam Borges (PMDB/AP), estando sob a relatoria do senador Marconi Perilo (PSDB/GO). Cezar Britto e Furtado Coêlho já foram recebidos em audiência pelo Senador relator, quando explicaram as razões pelas quais o exame deve ser mantido.

"Não há um curso de bacharelado em advocacia, mas bacharelado em direito. A OAB possui a obrigação, como medida protetora da sociedade e dos direitos do cidadão, de apenas admitir entre os seus inscritos aqueles que tiverem um mínimo de conhecimento jurídico e, portanto, forem aptos a ostentar a defesa de direitos alheios", disse Marcus Vinicius ao comentar o projeto do senador amapaense.

Existem hoje no país mais de 4 milhões de bacharéis em Direito, enquanto o mundo possui menos de 3 milhões de advogados. Sem o Exame de Ordem, o Brasil passaria a contar com mais advogados do que todo o restante do planeta, afirmou Furtado Coêlho.. Atualmente, o Brasil possui mais de 700 mil advogados inscritos na OAB, perdendo apenas para os Estados Unidos em número de profissionais.

A audiência pública foi proposta pelo relator e pelos Senadores Álvaro Dias (PSDB/PR) e Marisa Serrano (PSDB/MS).


Acabar com o exame de ordem seria não só uma irresponsabilidade como também uma catástrofe para a classe.

23 comentários:

Rick Sardella 21 de maio de 2009 às 22:11  

Olá parceiro! Tenho duas apostilas de minha autoria que se vc quiser publicar, te ajudará e me ajudará. Elas já estão upadas. É só dispor os links. Agradeço desde logo.

http://www.scribd.com/doc/11425876/Apostila-de-Direito-Administrativo-COCP

http://www.scribd.com/doc/11425811/Apostila-de-Direito-Constitucional-para-Concursos-COCP

Abraço e sucesso!

Raf,  21 de maio de 2009 às 22:26  

Vai ser difícil a OAB deixar de abocanhar R$ 200,00 por inscrição (foi o valor que eu paguei). Eu acho que deveria acabar com o exame, ou simplesmente deixar o preço irrisório, acessível a todos.

Anônimo,  21 de maio de 2009 às 22:42  

De fato, o assunto é seríssimo e merece algumas ponderações.

Analisemos, in limine, alguns argumentos (poucos e ruins) que embasam eventual extinção do exame de ordem, contra-argumentando dialeticamente.

Alega-se que o exame de ordem é uma reserva de mercado, e esse é o argumento mais recorrente.

Nesse sentido, há que se indagar: O acesso ao mercado de trabalho está vedado aos novos bacharéis? Exige-se, isto sim, aprovação em um exame de ordem, no qual são cobradas várias matérias do curso de direito, dentre as quais:

- Estatuto da advocacia e da OAB (lei 8.906/94), seu respectivo regulamento geral e o código de ética e disciplina/
- Direito Internacional Público e Privado;
- Direito Constitucional;
- Direito empresarial;
- Direito do Consumidor;
- Direito Civil;
- Direito Processual Civil;
- Direito Penal e legislação penal extravagante;
- Direito Processual penal e processual penal constante da legislação penal extravagante;
- Direito Trabalhista e Processual Laboral;
- Direito Tributário;
- Direito Administrativo;
- Direito Ambiental;
- Direito da criança e do adolescente constante do Estatuto da Criança e do Adolescente;

Muitas? sem dúvida.

Precisa-se acertar todas? Há mínimo acerto de questões por máteria ou por grupo de matéria?

Basta acertar metade das questões, ou seja, ir bem em meia dúzia de de matérias, podendo inclusive zerar todas as outras.

Desenganadamente, pode não ser o melhor modelo, como de fato penso que não seja. A sulução é acabar com o exame ou melhorá-lo? A segunda alternativa me parece a mais correta.

Outro argumento recorrente é o de que o exame só serve para enriquecer os donos de cursinho e os cofres da OAB.

Ao que me consta, os bacharéis não são obrigados a cursar os referidos cursinhos. Essa assertiva serve para infirmar tal indagação.

Penso que o valor das inscrições (R$ 180,00 em São Paulo e R$ 150,00 reais nas demais seccionais) realmente é inadequado, talvez R$ 50,00 (cinquenta reais) fosse mais adequado a nossa condição de país subdesenvolvido.

Repito o motivo pelo qual não se deve extinguir o exame de ordem:

Os valores confiados ao advogado, defesa do patrimônio, família, liberdade, vida, e os demais deles decorrentes, servem de alerta.

Fala-se que o exame não afere o conhecimento, apenas a mnemônica do candidato. Não divirjo! Acontece o mesmo para o ingresso na Magistratura e no Ministério Público. Se o problema é esse, então vamos lutar para que o exame seja aprimorado, e não extinto.

Você confiaria a litigância envolvendo a proteção de sua vida, liberdade, propriedade, família, a um Bacharél que não sabe o prazo de uma contestação cautelar, de uma apelação do ECA, elaborar uma exordial e que fala "nóiz vai conseguir ganhar a causa, eu garanto" com total desconhecimento do que seja obrigação de meio e obrigação de fim?

Se a resposta for positiva, então você dá muito pouco valor a tais direitos. (continua)

Anônimo,  21 de maio de 2009 às 22:43  

(continuação)

Vejamos alguns casos:

1º) Um famélico furta um pote de margarina, e aguarda preso a instrução do processo. A culpa pode ser do delegado, pode ser do Órgão Ministerial, e até do Magistrado, como de fato, muitas vezes acontece. Contudo,o advogado não combativo é sem dúvida o que maior carga de culpa carrega.

2º) Um Trabalhador é despedido por justa causa porque se recusa a ser transportado em um caminhão de transporte de porcos, junto com os suínos, e demais trabalhadores (caso verídico, infelismente). Procura um advogado, que pede apenas as verbas rescirórias, esquece do dano moral.

3º) Um grupo de aprovados em concurso público para determinado tribunal superior, dentro do número de vagas, assiste a publicação de um edital, que promove novo certame antes do vencimento do prazo do concurso. O advogado entra com Mandado de segurança contra a FUB no TCU;

4º) Fulano de tal, importa determinada mercadoria, que fica retida pela SRF, que exige, para a liberação da mercadoria, o pagamento de tributo já aprovado e que vai ser promulgado no DJ no mês que vêm.

5º) Fulano de tal mora com sua família há 30 anos em terreno particular, com posse mansa e pacífica, quando de repente, os herdeiros do antigo dono do terreno aparecem com a polícia para expulsá-los de lá. O Advogado entra com Ação de Usucapião e não com Ação Publiciana.

6º) O filho de um famoso Parlamentar federal engravida sua empregada doméstica, e quando nasce a filha, arranca-a dos braços da mãe, e a demite. O Advogado entra com Ação Trabalhista e nela discute a questão da guarda.

Os advogados, de fato, estão mal preparados. Salvam-se apenas aqueles que sabem, ao menos, a fria letra da lei com o aquecimento materno da jurisprudência.

Extinguir o exame de ordem, é tornar a situação do cidadão que precisa defender seus direitos no mínimo desesperadora.

Aqueles que defendem o fim do exame, caem no canto das sereias, provindo de setores sociais interessados na total e completa desproteção do cidadão: Sindicatos patronais, União, Estados, DF e Municípios (os maiores recorrentes e devedores de que se tem notícia) dentre vários outros.

Tenham certeza de que o lado de lá estará bem preparado, com advogados públicos e particulares submetidos a diuturna supervisão e aprovados em certames dificílimos.

No Caso nº 1, o promotor está se lixando se o advogado não sabe o que fazer.

No Caso nº 2, a empregadora quer mesmo é que a ação seja ínfima, e prefere que o trabalhador ajuíze pessoalmente, prescindindo de advogado, a reclamação trabalhista.

No Caso nº 3 o Administrador e a Organizadora querem mais é que os 120 dias do prazo decadencial transcorra incólume.

No Caso nº 4, a União quer mais e aumentar a já polpuda arrecadação, que o contribuinte recorra se souber fazê-lo, esperando que não saiba.

No Caso nº 5, os herdeiros do rico latifundiário espera mesmo é que jamais seja adquirida a propriedade pela prescrição aquisitiva, ainda que por meio da Publiciana.

No Caso nº 6, A família do parlamentar odeia gente pobre, e se apegou tanto a menininha que querem mesmo é que a mãe exploda.

Eram essas as poucas palavras que eu gostaria de Mencionar. Um grande abraço a todos.

Anônimo,  21 de maio de 2009 às 22:49  

Sem o Exame de Ordem, o Brasil passaria a contar com mais advogados do que todo o restante do planeta, afirmou Furtado Coêlho ENTÃO TEREMOS QUE FAZER COMO EM PORTUGAL. PARECE QUE LÁ RESTRINGIRAM A QUANTIDADE DE ALUNOS DO CURSO DE DIREITO DEVIDO A ENORME QUANTIDADE DE ADVOGADOS SEM MERCADO.

Anônimo,  21 de maio de 2009 às 23:10  

Anônimo 22:42, pára com isso de " proteção de sua vida, liberdade, propriedade, família", pára, né? Tudo isso quem tem que garantir é o Estado e não advogado, é obrigação do estado, advogado entra no meio só para faturar honorários à custa da desgraça dos outros. Do resto, qualquer pessoa sabe muito bem defender os seus direitos e dizer para um juiz o que quer. É balela pura isso de que é preciso de advogado porque ele é quem conhece a parte técnica. na verdade só é preciso advogado porque desde sempre a OAB (ou sei lá quem inventou isso)fez prevalecer seu poder, seu loby e fazer com que o advogado seja indispensável, mas não passa disso.Prazos? É outrta balela. Ora, ora, é só fixar uma tabela de pazos no forum (ou seja lá onde tem que ser) que a população inteira vai saber cumpri-los, é outra balela.

Anônimo,  21 de maio de 2009 às 23:20  

O exame não vai acabar, mas não vai acabar porque a maioria dos parlamentates que forma o Congresso Nacional é advogado, só por isso, e como advogado tem medo de concorrência jamais vão permitir que o exame acabe. Do mais, tudo é papo furado. Se a OAB tivesse interessada em realmente defender a sociedade contra advogados desqualificados ela faria alguma coisa em relação aos cursos de direito e não proibir quem cursa a faculdade de exercer a profissão. E quem disse, quem garante que os que são aprovados no exasme têm qualificação adquada para advogar, quem? A realidade é que quase todos que são aprovados não têm a menor condição de exercer a profissão, passaram porque conseguiram uma "decoreba" para isso e aqueles que estudaram para aprender não conseguem aprovação (quem aprende não sabe e nem se preocupa em decorar e quem não decora não passa no exame da ordem). Faculdade de direito desde há muito tempo deixou de ensinar o direito e passou a ensinar métodos de aprovação no exame e os seus professores, quase todos, são dfonos de cursinhos, então, quase 100% dos aprovados no exame não t~em qualificação. O que a OAB é é esperta, isso sim. Ela arrecada milhões e milhões à custa dos bachareis ao mesmo tempo em que faz a sua reserva de mercado. Touxas são os bachareis que aceitam tudo que a OAB impõe a eles.

Unknown 22 de maio de 2009 às 00:33  

Ruim com ela, pior sem ela...Não se reivindica a extinção da prova e sim, uma boa elaboração da mesma. Se, um grupo de técnicos com o prazo de pelo menos 03 meses para elaboração de uma única prova, o faz com confusão a ponto de trazer tanta discussão sobre a mesma...como querer que um bacharel a desvende EM APENAS 05 HORAS? Uma prova completamente sem critérios pois trabalha com a regra e com a exceção, com a letra fria da lei e com a interpretação de enunciados...Nota-se que a intenção é de apenas ver quem é bom de "chute" e não quem está apto para advogar...Isso se aclara quando se vê questões sobre letra de câmbio (cabeça de bacalhau, sei q existe mas nunca vi) ou mesmo mencionando Rui Barbosa (questão conjugada no passado sobre tema super atual) resta clara a intenção firmada em "derrubar" a linha de raciocínio de quem presta o exame. Uma coisa é certa...DO JEITO QUE ESTÁ NÃO PODE FICAR!

Anônimo,  22 de maio de 2009 às 00:34  

O grande problema é que esses dinossáurico dirigentes daquela ordem primam por esse exame pelo fato de ser sim uma fonte de renda sem que o LEO abocanhe parte dele, outra é que os da situação vendem o peixe de que a todo custo defendem a sociedade de advogados de qualidade duvidosa, balela.
Na verdade o que tem ocorrido é que essa instituição vem se imiscuindo em tudo, em nome da luta social, na verdade estão se firmando na seara política, pode ver que não raros seus dirigentes estão se candidatando a cargos políticos, é só fazer uma pesquisa nessa nova eleição.
A Ordem não esta nada interessada em defesa do povo, ela quer mesmo é praticar erradamente a reserva de mercado e afrontar a Lei antitruste, quando pratica a exclusão dos novos profissionais no mercado de trabalho, isso sim é o que acontece.
Quanto ao ensino jurídico estar de qualidade duvidosa, isso não cabe a ninguém a não ser ao Estado, na pessoa do MEC, quem legitimado para tal. Se for como a ordem quer, logo logo teremos as empresas de seguranças abarcando para si a segurança nacional, pela sua deficiência, teremos os tribunais arbitrais assumindo as funções do judiciário pela morosidade do mesmo, teremos também as cooperativas de saúde assumindo a saúde nacional devido ao caos do SUS e por aí vai; e o Estado, ha o Estado... deve acordar de seu sono profundo e acolher os seus MANDANTES, sim por que embora o LULA esteja lá ele só é mandatário por que nos somos os MANDANTES e acreditamos que tivesse algum tirocínio em administrar essa Nação, o que não vem ocorrendo a contento.
Quando no estatuto diz que dentre outras coisas a ordem deve fazer a seleção de seus filiandos, o mesmo quer dar a nítida impressão que a ela somente devem filiar-se os egressos dos cursos jurídicos e não os ADMINISTRADORES, ENFERMEIROS, ENGENHEIROS e etc. e tal.
Ainda acerca do exame lá no inciso XIII do art. 5º a mensagem que transmite é a de que a previsão lega encontra-se inserido na LDB e não na lei da advocacia, como querem os da ordem, pois, lá define o que é qualificação e nos dispositivos do estatuto não, mesmo por que não é função da ordem, não tem tal legitimidade para qualificar ninguém através do exame. O que mais me intriga nisso tudo é o fato de que, sempre digo isso, os cerca de 95% dos professores das IES são doutores, mestres e todos ilustres Advogados filiados, claro, à OAB, então por que a critica alusiva à qualidade do ensino jurídico? Vejo isso como uma imensa ofensa e desrespeito para com os seus FUTUROS pares.

Grande abraço Dr. Mauricio ... o blog continua sendo o BLOG!!!

Carlos Bonasser

Anônimo,  22 de maio de 2009 às 11:16  

Comentário perfeito. Parabéns Carlos.

Anônimo,  22 de maio de 2009 às 12:52  

É isso mesmo Rita, você disse tudo. Não precisa acabar o exame, ele tem sua utilizade, pois sem ele em cada esquina existiria centenas de "advogados" e assim todos perderiam (sociedade e profissionais). Por que o diamante é valorizado? Porque é raro,ora bolas!!! Muito advogado, um tropeçando no outro, o resultado seria o que de certa forma já vem ocorrendo, que é a banalização e desvalorização da profissão; cada um começaria a baixar mais e mais os honorários, não respeitando as tabelas mínimas e advogado para ser bom tem que ser bem remunerado, pois o direito exige aperfeiçoamento constante,eu diria até diário, e isso só é possível com gastos elevados (livros atuais, cursos, seminários, etc.) e sem honorários como o advogado atingirá tudo isso? Não tem como.O que é preciso é o exasme passar por uma refoma, não uma reforma que objetive a reprovação de quanto mais melhor, mas sim deixar que essa reprovação ocorra naturalmente, sem forçação de barra, basta apenas a OAB passar a exigir nas provas do exame o conhecimento jurídico, a capacidade de raciocinar juridicamento, ao invés da chamada "decoreba", da memorização de artigos e textos de lei. Garanto que com mudança nessa ordem o indice de reprovação aumentaria, mas aqueles que estudaram para aprender o direito seriam os aprovados e os outros (que são os que na verdade estão sendo hoje aprovados) "patinarão" eternamente e jamais conseguirão aprovação. Olha Rita, se o exame de ordem retirasse da segunda fas as 5 questões, deixasse só a peça práticoprofisisonal, na ordem de 95% dos que fazem a segunda fase seriam REPROVADOS. As 5 questões é a salvação dos que não sabem, não têm conhecimento jurídico.

Afonso De Miranda 22 de maio de 2009 às 14:54  

Suponhamos que todos os 58000 inscritos conseguissem passar nas duas provas? Acontece a mesma coisa no 2009/02 e 03. Qual vai ser a desculpa? O que a Oab vai inventar?
Eu sou de opinião que o " único direito não adquirido" é de advogados que não fizeram o exame. Tal exame é de 1998 para cá, não é isso? Queria ver esse defensores do exame fazendo a provinha;queria ver o pessoal da Oab fazendo também.A maioria não passava, tenho certeza disso.Iam fazer cursinho, quá,quá,quá!!

Rodrigo,  22 de maio de 2009 às 15:07  

porque exame só para quem quer advogar? alguém ai em cima falou que é por que as pessoas põe a vida nas mãos do advogado.... jamais, ninguém faz isso, as pessoas confiam sim seu patrimônio e sua liberdade ao seu advogado, pois bem, e as outras categorias, médicos e engenheiros, por que não existe exame nos níveis do exame da OAB para eles? por que a exemplo do que ocorre com quem tinha habilitação antiga, que para renovar tem que se submeter aos mesmos testes atuais dos que pela primeira vez retiram sua habilitação, o exame da ordem não é aplicado, desde sua primeira fase aos advogados que realizaram sua inscrição anteriormente a exigencia do exame, a pena de, se reprovados serem excluidos da ordem. enxugaria o numero de advogados que tem por ai... minha opiniao, mantenham o exame da ordem, mas apliquem a todos que exercem a profissao e nao prestaram ainda, bem como seja exigido exame para todos os profissionais, nada mais justo... e olha que vai ter advogado velho rodando e patinando no exame... ia ser no minimo interessante....

Anônimo,  22 de maio de 2009 às 16:11  

Parece incrível que, sobre a questão do exame de ordem, ainda existam pessoas que defendam este modelo. Como pagar R$145,00(RJ) para fazer uma prova que somente me dará o Direito de exercer a minha profissão, SEM NENHUM SERVIÇO PRESTADO POR PARTE DA ORDEM, quando nenhum outro órgão de classe assim o faz. Ora, se existem muitos bacharéis no Brasil, não cabe a OAB vetar o acesso destes ao exercício da sua profissão. Aos curiosos que desejam dar uma opinião responsável a este respeito, saibam que no Brasil existem mais 1.100 CURSOS DE DIREITO E MAIS DE 3.000 DE ADMINISTRAÇÃO, MAS O CONSELHO DESTA CLASSE NÃO APLICA O EXAME E NEM SE PRONUNCIA A RESPEITO DO NUMERO DE FORMADOS QUE ESTÃO NO MERCADO.Que o MEC tome as medidas necessárias para diminuir, se esta for a solução, o numero de faculdades de Direito, mas não penalizar os bacharéis que ai estão.
Trata-se do esmagamento formal de uma classe de trabalhadores. Existe aqui neste site o depoimento de um companheiro que pagou R$200,00 para fazer a prova, o mesmo valor pago para a prova de membro do MP.
Senhores, minha filha estudou para o exame por 8hs diárias durante 3 meses e não passou no exame, vos pergunto: É justo? Qualquer um dos senhores é capaz de afirmar que as questões do exame são as que realmente comprovam a aptidão e habilidade do bacharel para advogar? Para os que não sabem, VERIFIQUEM QUANTOS ADVOGADOS, APROVADOS NO EXAME DE ORDEM, RESPONDEM HOJE DIANTE DO T.E.D POR INÉPCIA, APROPRIAÇÃO INDÉBITA DE BENS E VALORES DO CLIENTE E ETC. VOLTO A PERGUNTAR: ESTE EXAME, REALMENTE COMPROVA QUE O BACHAREL ESTÁ APTO AO EXERCÍCIO DA ADVOCACIA? DEVEMOS REFLETIR. EU SOU CONTRA ESTE EXAME, POIS FERE A ISONOMIA E ESTÁ NUM NÍVEL QUE NÃO É COMPATÍVEL COM UMA AFERIÇÃO PARA A PRÁTICA PROFISSIONAL, NEM MESMO NO PREÇO DA INSCRIÇÃO.

FERNANDO JUNQUEIRA

Afonso De Miranda 22 de maio de 2009 às 16:13  

Deixa eu fazer 02 comentários:
1º Terminei o curso de Direito o ano passado.Nos 4 últimos semestres era obrigado a assistir 4 audiências mensais, penal,cível,trabalhista e recursal. Excetuando-se a última(recursal), nas outras não vi nada de excepcional em relação a qualidade jurídica( seu conhecimento) do advogado. Mas testemunhei muitas deficiências no tocante a expressão verbal e gestual.Notei que a grande maioria dos novos advogados não sabe se expressar corretamente. Para mim isso é gravíssimo, fiquei pensando: esse pessoal tem carteira de advogado porque passou no exame mas, mal sabem se expressar, sustentações orais horríveis, vocabulário restrito, apresentação pessoal( gestualidade) deficiente.Quantos bacharéis não se comportariam melhor se pudessem exercer a profissão,não é verdade?

2º Acho que a principal avaliação não é feita. O exame psicológico para saber se o "examinando" tem aptidão para a profissão, e mais: um exame psicológico que definisse a integridade moral, o caráter, a honestidade e a personalidade do candidato, pois a opinião pública não tem uma imagem muito boa da profissão que almejamos. Seria bem melhor do que essa malfadada provinha de pegadinhas.

Rodrigo,  22 de maio de 2009 às 17:38  

"O exame psicológico para saber se o "examinando" tem aptidão para a profissão, e mais: um exame psicológico que definisse a integridade moral, o caráter, a honestidade e a personalidade do candidato," existe tal exame? que defina tudo isto? se existe, funciona e é reconhecido? duvido muito....

Anônimo,  22 de maio de 2009 às 21:51  

Que tal abrimos as planilhas de custo do exame de ordem para ver se o valor cobrado tem justificativa? Ou se este malfadado exame está servindo somente para fins de arrecadação. Cade o princípio da transparência?

Anônimo,  23 de maio de 2009 às 08:51  

Caramba! se a OAB fizer um EXAME DE PERSONALIDADE como nosso colega ai em cima falou, pode abrir muitos cursos de Direito mesmo, pois se formos analisar a mente e valores de muitos por ai, não sobra um para SALVAR A PÁTRIA! HEHE

Anônimo,  23 de maio de 2009 às 17:54  

O bom seria que todos os brasileiros possuissem o curso de ciências jurídicas, quem sabe teríamos uma população mais consciente.

Anônimo,  23 de maio de 2009 às 20:33  

Pessoal, em se tratando de exame, não queiram se importar com as outras profissões, temos que nos importar com a de advogadó (o dó é de propósito), temos que formar uma opinião sobre o exame da OAB e não querer que as outras profissões adotem um exame só porque existe o da OAB. O que é ruim ou bom para nós pode não ser para outros profissionais. É evidente que só existir o exame para o bacharel em direito é uma afronta ao princípio constitucional da igualdade, mas pára aí. Devemos, se for o caso, defender o respeito ao princípio da igualdade, mas defendendo que o exame da OAB não pode existir (ou deve ser modificado) e não querer defender que outras categorias profissionais também sejam sumbetida a uma prova para o exercício da profissão.Eu particularmente acho que o exame da OAB não deveria existir, mesmo que outras categorias profissionais criem o seu exame, não é a criação de outros que o da OAB necessariamente se tornará legal ou útil, não será a criação de exame para outros profissionais que vai me trazer conformismo com o da OAB. Quem se conforma com o exame da OAB caso outras profissões venham a cria-lo é porque é invejoso e provavelmente desqualificado, ou seja, pensa assim: "eu me ferrei, mas os outros também se ferraram".

Anônimo,  24 de maio de 2009 às 10:40  

eu fui aprovado no exame da OAB, e no entanto desejo que todos os outros exames também sejam submetidos a um teste, portanto, não sou invejoso e tampouco desqualificado, e menos ainda busco conformismo.... todavia alguns a qualquer custo, diante da não aprovação em exame da ordem, não vem outra alternativa para advogar, que não seja a extinção de tal exame.

Anônimo,  27 de maio de 2009 às 11:52  

ALGUEM PODE ME DIZER SE O R2 2ª FASE DE TRABALHO É BOM....PRECISO SABER SE ALGUEM JÁ FEZ....VALEU

LIGIA,  10 de junho de 2009 às 03:19  

Boa noite!
Em que pese todo o meu respeito ao Sr. Furtado Coelho, não concordo com o que disse, para fundamentar a permanência do malfadado exame da OAB. In verbis:
"Sem o Exame de Ordem, o Brasil passaria a contar com mais advogados do que todo o restante do planeta".
Em primeiro lugar, o mercado profissional no Brasil, em todas as áreas, realmente é competitivo e deve haver uma adequação ao sistema. Isso é fato.
Também não deveria mais ocorrer o "estigma" de que os estudantes de Direito, aqueles mesmos que passaram cinco anos nos Bancos de Universidade, não receberam instruções adequadas, devido à péssima qualidade de ensino.
Discordo totalmente, pois, mesmo as Faculdades consideradas como as melhores e com professores reconhecidamente excelentes, os alunos não conseguem a pontuação no exame, necessária para o ingresso na carreira.
Além do investimento financeiro, existe o desgaste psicológico, gerando desestímulo, frustração e para alguns até mesmo depressão.
E tudo isso, porque a OAB apregoa que são necessários esses "conhecimentos mínimos" exigidos para o exercício da profissão.
Ora, além de ministrarem exames com questões pessimamente formuladas e que não servem de base para análise do profissional, como no mais recente, de número 138que teve 88% de reprovação e 20 questões passíveis de anulações, o valor de inscrição se tornou extremamente abusivo.

Perdoem minha sinceridade, mas nos passam um atestado de "burrice", confirmado pela própria mídia. Basta ver os comentários no programa do Jô, por exemplo, em que citaram a Educação no país e o índice de reprovação na OAB.

Pois bem, não bastassem as avaliações, trabalhos, seminários, monografias, durante todo o percurso universitário, ainda temos que nos submeter a esse sistema arcaico e desumano.
Se a OAB cita a Justiça, minha indagação é pautada exatamente nisso: É justo o que fazem com os estudantes de Direito? Aliás, unicamente com os bacharéis dessa área?
Concluí o Curso de Direito, mas sou Contabilista formada, tenho registro no Órgão Competente e há muito, o CRC não exige mais o exame de suficiência para o ingresso nessa profissão.

A responsabilidade de carreiras como Ciências Contábeis, Medicina, ou qualquer outra não é menor que a do Direito ou se preferirem Ciências Jurídicas.

Digo e repito: esse regime de avaliação é arcaico. Estamos em plena era da globalização, do avanço tecnológico, de descobertas magníficas, principalmente na Medicina e além de dificultar, chegam a excluir o direito do ser humano de evoluir na profissão que escolheu.
Não é porque eu, particularmente, não pecisei fazer o exame do CRC que sou péssima profissional, bem como, vários médicos que conheço, que não passaram por testes como esse, deixaram de salvar vidas...
Aquilo que gera sofrimento, principalmente de ordem psicólogica deveria ser banido.
Isso sim é Justiça!

Guardo sempre o que aprendi: "Devemos nos indignar com as injustiças e não podemos nos curvar aos interesses de quem detém o poder, porque ao cedermos a essas tentações, nos igualamos aqueles que se alimentam da ganância e da miséria humana".

Agora, a avaliação da existência dos interesses de quem detém o poder, para nos submeter ao exame da OAB, fica a critério de voces.

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