Pior resultado da história não tira valor do Exame, afirmam especialistas

sexta-feira, 29 de maio de 2009

O resultado do primeiro Exame de Ordem Unificado no Estado de São Paulo, divulgado na última terça-feira (26/5), apresentou o pior índice de aprovação de sua história: de 18.925 candidatos inscritos, somente 2.233 (12%) foram selecionados para a próxima fase. Apesar do resultado negativo, especialistas entrevistados por Última Instância ainda acreditam na relevância do processo para selecionar os profissionais que estão prontos para enfrentar o mercado de trabalho e consideram um erro a movimentação no Congresso para extinguir a prova.

De acordo com o presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB-SP, Braz Martins Neto, “seria uma irresponsabilidade do legislador pretender revogar o Exame de Ordem”. Para ele, “o resultado pífio, para não dizer vergonhoso, decorre da mercantilização do ensino jurídico por instituições de ensino que privilegiam o lucro e não a formação superior”.

“Não há um Estado na federação que tenha alcançado um desempenho notável, com algumas exceções, como Ceará, Sergipe. Mas você vai verificar que nos 26 Estados da federação, vinte deles foram pontuados com menos de 20%”, continuou. “Isso é desastroso, principalmente considerando que é apenas a primeira fase. Tem ainda um segundo momento em que nós vamos ter um número de reprovados que poderá ser da ordem dos 50%, 60%. Ou seja, no resultado final para o Estado de São Paulo de cada 100 candidatos, apenas cinco serão aprovados”.

Marcelo Cometti, coordenador do curso preparatório para a OAB do Complexo Jurídico Damásio de Jesus, teme a extinção da prova. Para ele, é necessário selecionar os estudantes mais bem preparados, para que o mercado não receba “uma pessoa que é formada, bacharel em direito, mas que não tem condições de entender aquilo que lê, aquilo que estuda”, referindo-se ao problema de analfabetismo funcional que, mesmo em minoria, acaba atingindo uma parte dos graduandos, devido à imensa oferta de vagas no Estado.

Luis Flávio Gomes, ex-juiz, especialista em direito penal e responsável pela Rede de Ensino LFG, também valoriza o Exame e enfatizou: “Esse movimento que está no Senado brasileiro para acabar com o exame é um grande erro”. Gomes ainda reiterou a necessidade de estender a prática de seleção a outras profissões. “Estão querendo fazer isso agora para medicina e eu acho muito acertado, muito correto, porque tem de se selecionar os melhores, os que estão mais preparados”.

O Exame da Ordem deste ano trouxe algumas mudanças para os candidatos do Estado; pela primeira vez, a Seccional Paulista da OAB participou da unificação, proposta para que se obtenha uma visão mais global a respeito do ensino superior jurídico no país. Segundo Braz Martins, “o exame é o mesmo, a entidade aplicadora é a mesma, aqueles que propõem as questões são os mesmos, os revisores são os mesmos” e, portanto, o problema não foram as questões.

Já para Luis Flávio Gomes, os alunos que não buscaram apoio enfrentaram dificuldades. “A prova da Cespe (Centro de Seleção e de Promoção de Eventos) exige muito conhecimento de jurisprudência, do STJ e do Supremo”, ao passo que, para realizar a prova anterior “bastava conhecer os textos legais”, sintetizou.

O coordenador de ensino jurídico, Cometti, analisou a prova como um exercício que “exigiu muito mais do candidato uma capacidade de interpretação, de compreensão, do que mesmo uma capacidade técnica relativa à matéria”. Como educador, ele verificou, “até comentando com outros colegas professores, que a prova não foi difícil; na verdade, aquele aluno que simplesmente entende que se decorar o texto de lei ele vai conseguir responder a uma questão da OAB, ele não consegue”.

Segundo ele, a preparação do aluno deve englobar o estudo da teoria, mas que, “além das leituras, do texto legal, da doutrina, ele busque também resolver testes, para simular sua preparação para esse próximo exame”.

Braz Martins ressaltou que “houve um péssimo desempenho, ms, ao mesmo tempo, as boas faculdades mantiveram os índices absolutamente dentro dos padrões que elas sempre tiveram, seja com a Universidade de São Paulo, seja com o Mackenzie, a Pontifícia Universidade Católica”, reiterando a “responsável necessidade de se manter o Exame de Ordem”.

O penalista Luis Flávio Gomes assegurou que, fora o problema já detectado no ensino, “outro problema está no próprio aluno, que durante a faculdade não está muito preocupado com esse Exame e não se esforça tanto”. Ele também pontuou que “o ensino no Brasil é muito legalista, em cima dos códigos, e na prova cai muito tema de direito constitucional e de direito internacional —coisa que os alunos praticamente não veem nas aulas”.

Os candidatos não aprovados têm o direito de recorrer à Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB SP, por meio do Sistema Eletrônico de Interposição de Recurso, no site http://www.oabsp.org.br/, até três dias úteis depois da divulgação do resultado. De acordo com Gomes, a defasagem no ensino de direito moderno e atual é um problema e “os alunos vão recorrer. Nós estamos achando que de cinco a dez questões podem ser anuladas, é uma possibilidade”, concluiu. A divulgação dos nomes, após a interposição de recurso, assim como a convocação para a prova prático-profissional de todos os aprovados na prova objetiva, acontecerá no dia 17 de junho.

A próxima fase será aplicada no dia 28 de junho, a partir das 14h, e inclui redação de peça jurídica e de cinco questões práticas. A nota mínima para aprovação é seis. Segundo Braz Martins, as novas frentes de especialidade incluídas no Exame —direito administrativo, constitucional e empresarial —representam “uma tendência ao contrário, de melhorar a performance dos candidatos” que poderão escolher a disciplina conforme a sua formação, priorizando a opção em que se sai melhor.

30 comentários:

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 12:28  

Muito estranho a afirmação do Mestre Luiz Flávio Gomes deender o atual modelo do exame e logo em seguida afirmar que existe possibilidade de 10 questões serem anuladas.
Em se tratando de prova objetiva, a mesma deve ser tecnicamente perfeita, não dando margens a interpretações conforme a conveniência da OAB, bem como da utilização de "peguinhas" com vistas a derrubar os candidatos.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 13:05  

Isso pq lá não tinha essa coisa de anular 6 questões! Os paulistas devem esperar pq ainda serão anuladas várias e uma leva enorme entrará. como foi no da CESPE passado. Podem ficar tranquilos...

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 13:42  

Criticam muito as instituições, no entanto será que a nossa cultura brasileira também não tem sua parcela de culpa... num país onde bbb é campeão de audiência e onde futebol é a melhor coisa do mundo, o que esperar dessa geração... imagina se começa a ter filosofia e sociologia no exame, quais seriam os números.?.?. acho q o grande culpado é o próprio aluno, que mente pra si próprio a faculdade inteira e depois quer reclamar... conhecimento não se adquire por osmose, não é simplesmente se fazer presente numa sala de aula que o conhecimento virá... e sim pelas horas e horas de estudo... o problema é preguiça, isso sim... desde qdo testar o conhecimento é errado... esse pessooal da MNBD não percebe que acabar com o exame seria o fim da advocacia, passariamos a ter 4 milhoes e meio de advogados, e pior, 3/4 desses são despreparados...
Ass. Guilherme

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 14:12  

Gostaria de deixar a seguinte mensagem: Até agora ninguém fez comentários sobre as questões formuladas pela banca examinadora, que estão dando margens para anulações em grande quantidade. O resto, é só massacrar o examinando.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 14:52  

Pois é..de 5 a 10 questões poderão ser anuladas, segundo o sr. LFG..então qual a coerência da prova CESPE?..aqui em SP, antes da unificação somente 2 foram anuladas..e se agora forem 10..não há sentido em se unificar..fazer uma prova mal feita em que várias questões podem ser anuladas? e agora vem me dizer que o ensino é ruim..pode ser tão ruim quanto quem fez essa prova..muda-se o critério então..quem acertar 40 questões passa..as outras 10 vão de brinde para o candidato...

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 14:58  

Foi só eu, ou alguém mais entendeu a fala dele como um aviso de que a segunda fase vai ser cabeluda???? Como ele pode prever isso????? O índice de reprovação na 2ª fase não é alto assim, a não ser que isso queira dizer alguma coisa!

“Não há um Estado na federação que tenha alcançado um desempenho notável, com algumas exceções, como Ceará, Sergipe. Mas você vai verificar que nos 26 Estados da federação, vinte deles foram pontuados com menos de 20%”, continuou. “Isso é desastroso, principalmente considerando que é apenas a primeira fase. Tem ainda um segundo momento em que nós vamos ter um número de reprovados que poderá ser da ordem dos 50%, 60%. Ou seja, no resultado final para o Estado de São Paulo de cada 100 candidatos, apenas cinco serão aprovados”.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 15:26  

Olha só o paradoxo, o proprio presidente da comissao de estagio e exame, Bras neto nunca fez o exame assim como muitos de seus dirigentes e ficam brigando e exigindo o mesmo, é de lascar.
É muita pobreza ...

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 15:41  

Se eu fosse dona de cursinho, também defenderia o exame da ordem!!

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 15:58  

Agora vejam quem defende o exame:

1-Braz Martins Neto. Quem é este senhor, será que ele é aspirante ao exercício da profissão de advogado? Será que ele ao menos um dia na vida passou por um exame da ordem? Nada disso, ele é o presidente da Comissão de Estagio de ninguém menos que a OAB. Agora me falem, este Senhor teria motivos para ser contra o exame?

2- Marcelo Cometti. Quem é este senhor, será que ele é aspirante ao exercício da profissão de advogado? Não é não, ele é simplesmente coordenador de um dos maiores cursinhos preparatório para o exame da OAB (é até chamado de complexo jurídico de tanta grana que ganhou e ganha com o exame e com a venda dos livros do Damásio den Jesus, de fato é um complesxo, é uma mega fábrica de fazer dinheiro à custa dos bacharéis). Teria este senhor algum motivo para ser contra o exame? só se ele fosse maluco, mas maluco cretamente ela não é.

3- Luis Flávio Gomes. Quem é este senhor, será um aspirante à carreira jurídica? será que pelo menos um dia na vida ele passou por um exame? Pois este senhor, que todos nós conhecemos muitíssimo bem, nunca ganhou tanto dinheiro quanto ganha agora com o SEU CURSINHO pretaratório para o exame e com a venda de seus livros. Teria ele algum ineteresse em que o exame acabe? Só se ele também fosse débil mental.
São só 3 exemplos citados, pois o Brasil está abarrotado de donos de curinhos e autotes de livros que estão a cada dia enriquecendo mais e mais à custa dos bacharéis em direito. Vocês, que são de outros Estados, já tiveram oportunidade de presenciar a movimentação dos cursinhos aqui em São Paulo em dia de exame? É uma mega estrutura que eles têm, só não chegam ao local de avião porque não tem espaço para o pouso, vocês precisam ver para ter de cara a certeza que eles ganham muita, mas muita grana com o exame. Ora, acham vocês que eles vão querer ser contra o exame? Jamais.
Eu fiz o exame de SP passado e acertei 72 questões e fiz o exame 2009.1 e acertei 71 questões. Não fiz nenhum esfoço diferente para fazer a prova do exame nacional e posso afirmar que os dois exames são rigorosamente iguais: ambos exigem apenas e tão somente decoreba. Este senhor que disse que o exame nacional exigiu raciocínio dos bacharéis está mentindo, propositalmente, claro, ou então ele próprio não sabe raciocinar juridicamente, pois a prova não tem mais do que 2 questões que exigem raciocínio, o resto são todas questões típicas de "decoreba".Eles têm mesmo que fazer o "barulho" deles, esculaxar (nem sei se existe esta palavra), denegrir, esculhambar mesmo as faculdades e os bacharéis, pois estão morrendo de medo de os Senadores votarem pela extinção do exame e aí, se isso ocorrer, a máquina de fazer dinheiro vai quebrar, vai parar.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 16:12  

O sujo falando do mal lavado, é mole? As faculdades privilegiam a mercantilização, e a OAB privilegia o que? Paciência tem limites, querer menosprezar a inteligência de muitos com "conversas para boi dormir" é ridículo, já está passando dos limites toleráveis.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 16:15  

tomara que "Gomes" esteja certo, se não as cabeças vão rolar, na certa essa tal de cespe vaí dançar....

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 16:45  

Quando eu quando eu estava fazendo o meu primeiro cursinho pós faculdade, estava tendo aulas com o Luis Flávio Gomes, e toda aula era sempre a mesma coisa, ele fazia propagandas dizendo "façam extensivo, depois semi-extensivo, depois intesivo, e só depois as aulas complementares, não tentem pular etapas que com certeza irão passar". Desse dia em diante parei tudo, comprei o material de estudo e uso a internet pra me atualizar, estou rendendo muito, mas muito mais. Cansei de acordar cedo pra ir em aulas tele-presenciais e ficar ouvindo professor falar que é difícil, contar a história de vida dele, sortear livros e dizer, bom, vamos tomar um café então daí retomamos... todos ali querem seu dinheiro, e a OAB também quer. A melhor forma de lutar contra esse sistema é não aderir, estude sozinho e faça o exame só quando tiver condições, daí voce estará pagando só 1 ou 2 vezes pra realizar o exame, e não dará dinheiro para as empresas de cursos. Acreditem, esses cursos e a prova não vão acabar, porque de todos os cursos que tem aqui na minha cidade, uma capital, 95% são de advogados, ou seja, isso é um caixa 2, a forma de manter a "classe" da advocacia.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 18:24  

O Luis Flávio Gomes é ex juiz aqui de são paulo..é que ele viu que não ganhava muito como juiz então abriu cursinhos - LFG e PRIMA..e aí vendeu por milhões para uma universidade..para a Anhanguera..detalhe..o tribunal de sp dava cursos pra fora do Brasil para juizes e desembargadores e o sr. LFG ganhou um para a Espanha e ao retornar saiu da tribunal..aí o TJSP claro parou de fornecer esses cursos para juizes e desembargadores.. e aí, ao sair, abriu os cursinhos preparatórios para a OAB e para concursos..ele vendeu os cursinhos, mas ainda faz a propaganda deles..deve ter uma participação lógico..com certeza é muito melhor e mais rentável abrir cursinhos do que ser juiz..

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 18:57  

Os cursinhos alimentam esta imoralidade que é o exame de ordem.

Anônimo,  29 de maio de 2009 às 21:09  

Se 10 questões forem anuladas está mais do que na hora de o exame acabar. Caramba, no exame passado foram 6 questões anuladas e se agora anularem 10 fica mais do que provado que nem mesmo a OAB/CESPE sabe responder corretamente a prova que eles próprios elaboram, o que dirá ous cuitados dos bachareis que tem um tempo cronometrado para responder 100 questões e não podem usar material nenhum, texto nenhum da legislação.Na verade mesmo sem quue haja anulação o exame já deveria acabar definitivamente e se as 10 forem anuladas, aí é demais, não deveria mais existir o exame nem mais um dia.Será que os nossos senadores estão acompanhando isso tudo para que possam votar o Projeto de Lei 186/06 que eles estão enrolando desde 1986? Gente, vamos ser sinceros, a prova da primeira fase é pura palhaçada para garantir a reserva de mercado, ela não avalia e se não avalia porque manter isso? Eu tenho razão total em supor que as provas são aleboradas com objetivo mesmo de reprovar,pois nos últiomos anos foram advogados inseridos no mercado além do que a OAB queria e agora quer compensar reprovando todo mundo. Já que querem manter a reserva de mercado e arrecadar muita grana, que façam então uma reformulação e exijam só a feitura de uma peça profissional. Não é questão de facilitar aprovação, não, até porque se for exigida só a peça a percentual de reprovação vai chegar bem perto de 100%, mas aí não vai haver injustiça e maluquice de querer que os bacharéis decorem a legislação e se não conseguirem decorar são reprovados taxados de desqualificados.

Anônimo,  30 de maio de 2009 às 01:06  

Eu acho muito engraçado, o fato de só fazerem parte de debates como esse, apenas pessoas beneficiadas pelo mercado que se tornou o exame da ordem.
O exame da OAB não deveria ser visto como um concurso, o aluno que passa na primeira fase e tem dificuldade na segunda, não deveria ter que realizar a primeira novamente, sendo que o seu problema é prático e não teórico, mas para que sinplificar se eles podem complicar.
Eles podem ter um professor especialista em cada matéria para dar aula, enquanto que no caso do aluno deve ser especialista em DEZ.
Sou totalmente contra essa panela que virou a OAB.

Anônimo,  30 de maio de 2009 às 08:13  

Não é mais fácil estudar e passar não? Que discutir tudo isso? Principalmente vocês de São Paulo... será que vocês (que se dizem os donos do saber) não têm capacidade de acertar 50 questões em um exame? Os critério da prova da ordem devem, sim, acabar, mas a prova jamais.. Tudo que é conquistado com dificuldade faz com que o ser humano valorize
Jogar um número inestimável de advogados no mercado, sem critério de seleção algum, é um crime e um perigo para a sociedade

Anônimo,  30 de maio de 2009 às 11:30  

Nós aqui de SP temos capacidade de passar em exame da ordem sim..e só com 2 anuladas e não 6..e não 10..na prova passada aqui em SP teve 2 anuladas e a CESPE nacional teve 6 anuladas..6 questões anuladas é muita coisa prá uma prova tão dificil quanto dizem..agora 10 questões anuladas é brincadeira..SP e ninguém precisa disso porque é nítido com tantas anulações que a 1ª fase não avalia nada..acredito que a coerência está em não atacar um estado ou outro porque este é unificado ou outro não..está em se debater a necessidade desse exame e sobretudo da primeira fase dele..sou advogada e não é porque passei que penso que a prova CESPE ou a prova da OABSP ou OABMG podem ser melhores ou piores do que a CESPE mas sim de que a prova não mede absolutamente nada.."jogar" um número inestimável de advogados no mercado, sem critério de seleção algum realmente é ruim..mas não se esqueça de que para se realizar um parto cesárea é necessário um médico que precisa estar muito bem preparado também, porque senão 2 vidas se perdem..tanto a da mãe quanto a da criança e por ter em minha familia medicos diretores de hospitais do SUS aqui em SP sei o número de mortes que ainda existem aqui em SP para a realização desse procedimento - e que ainda mata muitas mães e filhos..mas que são encobertos pelas estatísticas de criminalidade..então não me venha dizer que um médico que está fazendo a sua cesárea ou da sua mulher é mais preparado que um advogado e não presta prova alguma..quantos médicos são jogados do mercado? quantos trabalham com vidas? quantos advogados são jogados no mercado? quantos trabalham com vida?...é mediocridade pensar que a prova da OAB qualifica um advogado para exercer a profissão..nos moldes de hoje não...quando a OAB se preocupar em realizar uma prova coesa, sem pegadinhas..sem beneficiar o "experto" que chutou e deu sorte de acertar e prejudicou o "imbecil" que ficou se matando de estudar, sem comer direito, nervoso com a prova - porque se não passar não é efetivado no escritório..e que por nervosismo e infelicidade não passou não se pode dizer primeiro, que vc está qualificado pra trabalhar com vidas - porque uma procuração na mão de uma pessoa errada pode sim acabar com a vida de outra.. e segundo, que vc é advogado porque passou no exame da ordem..e antes que alguém me diga que eu defendo esse ponto de vista, eu passei no 137,sou advogada..mas não melhor do que alguém que não tenha passado..ninguém é melhor do que ninguém e infelizmente essa profissão é muito conhecida pela arrogância..coisa que não tenho..graças a Deus..

Anônimo,  30 de maio de 2009 às 15:21  

Sou de São Paulo e não acho, não penso nem cogito ser "dono do saber".
(comentário de muito mau gosto, além de “maldoso”...).

Acho que, em se tratando de avaliação em face dos Bacharéis de Direito, deva continuar existindo, pois realmente há um número muito grande de Bacharéis que concluem o curso todo semestre.

No entanto, estes Exames da OAB não avaliam o conhecimento do examinado, pois desde quando decorar textos de lei, Súmulas - STJ/STF provam a capacidade de raciocínio?!?!?

Esta nossa prova - 1ª unificada de S.P, a meu ver foi muito mal elaborada. Concordo que possam existir pegadinhas nas alternativas, o problema é que os examinadores tentam nos confundir, mas acabam se confundindo, pois onde se viu uma prova que, até então quer sugar nosso conhecimento, ter que anular tantas questões assim???

O melhor que deve ser feito é uma prova bem elaborada (mínimo exigido), com possibilidades (e não facilidade) de entendimento às perguntas, de forma que tanto nós que estamos respondendo a prova, assim como os próprios examinadores tenham condições em respondê-la.

Insisto: não se trata em facilitar a prova, mas em dar condições de mostrarmos que sabemos, estudamos, dando margem para responder o que é perguntado.

Anônimo,  30 de maio de 2009 às 20:28  

"Ao anônimo que se referiu ao Estado de São Paulo"
Estudantes e bacharéis de Direito não devem escrever comentários preconceituosos como: "vcs do Estado tal", "que são da religião tal","torcem para o time tal", pois somos formadores de opinião e não podemos esquecer que cada um é um ser "único e individual", achei infeliz a colocação, do mesmo modo que não poderia falar por todo um Estado, vc não pode julgar um estado como um todo.
Com relação ao comentário "colocar vários advogados no mercado", achei meio equivocado, pois qualquer um que trabalhe nesse mercado sabe que esses profissionais já estão no mercado trabalhando em escritórios,onde peças e muitas outras prestações são realizadas por esses que trabalham como estagiários e paralegais e apenas se utilizam do número da OAB de outros profissionais. Desse modo essas pessoas que são tão temidas no mercado, já exercem a profissão.Esse medo de que vários advogados surjam sem ter o OK da bendita prova é meio ilusório, vcs não acham?
Ilusório e estranho, principalmente em um país que não controla a capacidade de seus médicos, um país em que um político se elege por ter feito sucesso em forró ou ter participado de um time que possue uma grande torcida e que por muitas vezes mau são alfabetizados.
O controle deveria existir nesse sentido, o de informar as pessoas que não tem acesso a informação, humildes e não alfabetizadas a tomar cuidado com advogados despreparados, médicos despreparados, entre outros profissionais, que fossem criados orgãos de apoio mais acessíveis a elas que são sempre as mais prejudicadas.
Deveria sim haver um rigor no momento da candidatura de um ser humano que não sabe nada de política, nem tão pouco das necessidades dos cidadões.
Mas não, o que poderia ser o grande problema do Brasil, seria a não existência do exame da Ordem, ou será que a grande questão é a não arrecadação dos cursinho para a OAB e a taxa de R$180,00 da inscrição.
Pois é, acho que esse é o verdadeiro problema do país..."pura balela", não é a toa que o argumento mais usado em cursinhos é:
"Vcs querem aprender alguma coisa ou passar na OAB"... e o coro grita "passar na OAB"...
Esse é o Brasil das iluões, eles fingem que estão preocupados e nós fingimos que acreditamos...

Anônimo,  30 de maio de 2009 às 20:31  

Detalhe: Eu sei que se escreve cidadãos, errei na escrita rsrs

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 10:42  

Só um comentário para refletir....se cogitam a anular 10 questões...pensam no stress que foi ficar sentado nakela cadeira 5 horas tentando pelo menos entender o que a questão queria dizer...e agora ter a surpresa que até 10 pode ser anulada, quem paga esse sofrimento todo, esse desgaste fisico mental, será que não tem uma alma viva que possa rever esse exame ou o próximo será igual, pelo amor de Deus tem que ter alguém que possa fazer algo, não é justo que isso perdure perpétuamente e só uns ganham com isso...eu defendo o exame pq pra mim é questão de honra passar, mas com todo respeito ja ta sendo uma piada, matéria de jornal nacionalll, globo.com...jornal bom dia brasil..etc.tenha santa paciência...se fosse fácil não teríamos tanto ibope...esse é o lado bom.

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 18:10  

É isso aí..como diz o Renato Montans do LFG.."voces quererm aprender ou passar na OAB?"...ô vida dificil de bacharel..

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 18:19  

Meu nobre anônimo, não se preocupe com os erros, pois aqui acho que o que vale mesmo são as ideias, ninguém está preocupado em reparar eventuais erros, até porque todos sabem que aqui nós digitamos e não fazemos correção antes de enviar.Quase sempre os erros que acontecem são mais erros de digitação do que propriamente falta de conhecimento. E mesmo que erro for desconhecimento aconteça, qual o probelma? Ninguém é perfeito, ninguém é sábio ao ponto de nunca errar.

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 18:32  

Imagine você o desgaste psicológico de quem é reprovado. Têm muitos bacharéis que simplesmente ficam arrasados psicologicamente ao ponto de desistirem de novas tentativas.Isso é um caso seríssimo e de saúde pública até, que as autoridades deveriam imediatamente intevir nesse processo desumano que está sendo praticado pela OAB. É simplesmente desumano, é verdadeiramente uma tortura psicologica que deixa inúmeros bacharéis doentes para o resto de suas vidas. E tem mais, eu conheço pelo menos 4 casos de bacharéis que se suicidaram depois da reprovação. Nunca nenhum caso foi divulgado na imprensa porque as famílias evitam a todo custo a divulgação, mas certamente os casos de suicídio no Brasil por conta do exame da Ordem são muitos. Não me venham dizer que é a mesma coisa de um concurso público, não venham com essa porque não é, são coisas totalmente diferentes.Não vou aqui entrar na discussão sobre tais diferenças, mas são brutais diferenças. Só sei uma coisa, se uma só pessoa fica mentalmente doente em virtude do exame já é mais do que suficiente para que as autoridades competentes tomem providências e respónsabilizem os organizadores do exame por isso,inclusive proibundo a realização do exame, pois o que deve (ou pelo menos deveria) ser valorizado é o ser humano e não uma profissão, é a vida e saúde humana que devem ser postas em primeiro lugar.

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 19:39  

CLARO QUE TIRA SIM O VALOR DESSE EXCLUDENTE SOCIAL, COMO EXPLICAR QUE UM ENTE DA FEDERACAO QUE DETEM AS MELHORES IES NO AMBITO JURIDICO OBTER ESSE PERCENTUAL NO CERTAME?
É MAIS UMA PROVA QUE O EXAME NAO PROVA NADA, POIS, É MAQUIAVELICAMENTE MANIPULADO PARA PROVOMER A REPROVACAO, COM ISSO A EXCLUSAO DE GRANDE PARCELA DE NATURAIS ADVOGADOS DO MERCADO DE TRABALHO. NÃO HA OUTRA EXPLICACAO.
O PROPRIO FATO DE A COMISSAO DE EXAME E ESTAGIO AÍ DE SAO PAULO NAO TER O SEU PRESIDENTE SUBMETIDO AO EXAME JA POE POR TERRA ESSA MEDIOCRE NECESSIDADE.
É TUDO BALELA O QUE SE FALA ACERCA DA NECESSIDADE DESSE EXAME BOBOCA, QUE SÓ RETIRA DO MERCADO OS PROFISSIONAIS JÁ HAPITOS E PROMOVE A PROLIFERACAO DE CURSINHOS E EDITORAS ESPECIFICAS E NAO ALTERA EM NADA A GRADE CURRICULAR NEM A PERFORMANCE DA FACULDADES, PURA HISTORIA PRA BOI DORMIR.
ESSA REUNIAO NO PARANA SERA A OPORTUNIDADE DE A ORDEM TENTAR FAZER LAVAGEM CEREBRAL NOS INCAUTOS PROFESSORES ... OLHO VIVO.

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 20:09  

Anônio (19:39), é exatamenmte o que você escreveu, disse tudo.Só que eu acho que essas reuniõesinhas não servem para nada, elas são mais um "cala boca" na sociedade, especialente nos bacharéis em direito, e na verdade são preparadas disfarçamemente pela OAB com tal estratégia premeditada. Veja se das propostas apresentadas naquela reunião que foi realizada em fevereiro, no Mato Grosso do Sul, e da qual participaram os presidentes das Comissões do Exame de todas as Seccionais, foi posta em prática uma vírgula sequer de alguma.Ora, se nesse reunião as propostas foram todas jogadas no lixo, você acha que outras reuniões "fajutas" vão ter alguma força? Mera ilusão se achar.Para que você lembre, na reunião do Mato Grosso do Sul foi apresentada a proposta de dispensar das três primeiras fases seguintes do exame aqueles aprovados na primeira fase e reprovados na segunda. Mas sabe o que aconteceu com essa proposta? A OAB não divulgou uma linha sequer sobre ela, nem mesmo se a apreciou.

Anônimo,  31 de maio de 2009 às 22:56  

Olá, como disse o companheiro aí de cima, eu sou de Mato Grosso do Sul e fiquei sabendo dessa proposta da OAB local, ouvi dizer que por aqui, a partir desse ultimo exame, já esta valendo esse sistema (se passar 1 vez na primeira fase, pode fazer a segunda por até 3 vezes), mas nao tenho certeza absoluta, só ouvi dizer que já é assim por aqui, vou tentar confirmar e aviso.

Anônimo,  8 de junho de 2009 às 23:33  

Sinto que da forma que esta sendo vinculado o Exame da Ordem, esta sendo cerceado o nosso direito de exercer a profissão que escolhemos e pela qual passamos 5 anos de formação acadêmica, deixando milhares de pessoas, sem conseguir trabalhar ou se sujeitando a salários de exploração, sendo injustamente rotulados como "despreparados" , mesmo que muitos já atuando em escritórios buscando se aperfeiçoar! Todos nós bacharéis formados, já fomos avaliados de forma rigorosa pelas instituições atendendo e superado a avaliação exigida e já deveríamos ter o direito de atuar, inclusive sabemos como operadores do direito, que é inconstitucional essa forma discriminatória que impõe mais esse ônus excessivo, mas, ficamos com medo de exigir que se acabe com o exame e assim sermos chamados de incompetentes por não querer se sujeitar ao sistema, mas, quem hoje defende um exame cada vez mais rígido, quer na realidade limitar o acesso de forma protecionista, com a ilusão dos argumentos de se buscar profissionais melhores preparados, corrigir as distorções das instituições de ensino, mas um problema não se corrige criando outro, estão lesando e distorcendo a imagem dos Bacharéis de Direito, com a desculpa de corrigir deficiências da própria sociedade! Sabemos que em qualquer profissão desde o médico até um simples gari a própria sociedade vai selecionar os melhores profissionais e esses vão se identificar com a profissão e alcançar o merecido sucesso, no contrário irão migrar naturalmente para outras atividades.
DTibes - Ctba-PR

Anônimo,  30 de outubro de 2009 às 12:51  

Ainda bem que os alunos, em sua maioria, são assim,pois se soubessem estudar sozinhos não existiria tantan exploração dos cursinhos!

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