OAB/SP analisa ingresso no exame unificado
domingo, 26 de abril de 2009
A integração de São Paulo ao Exame de Ordem Unificado não deve se traduzir em aumento do número de aprovação dos bacharéis paulistas. A avaliação é do presidente da Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB SP, Braz Martins Neto, em entrevista coletiva, concedida nesta sexta-feira (17/4), às 1h30, na sede da Ordem, da qual participaram a presidente da Comissão Nacional do Exame de Ordem, Maria Avelina Hesketh, e o coordenador nacional do Exame de Ordem, Dilson de Oliveira, para discutir as mudanças do Exame 138.
Na mesma data e local, 24 das 27 seccionais da OAB de todo o país realizaram reunião sobre o conteúdo da prova unificada do Exame de Ordem da OAB. Com a adesão de São Paulo, a seccional de Minas Gerais passa a ser a única que ainda não integra a prova unificada. Estima-se que São Paulo responda por 35% a 40% do volume do Exame de Ordem. Com a adesão paulista ao Exame Unificado, o Exame 138 totalizará 95% das provas realizadas no país. “Muitas instituições de ensino visam somente ao lucro, de modo que facilitam o acesso dos alunos e não impõem avaliações minimamente rigorosas”, declarou Braz.
A presidente da Comissão Nacional do Exame de Ordem, por sua vez, afirmou que “a alta taxa de reprovação no Exame de Ordem se deve à má formação jurídica e à falta de estrutura de muitos cursos. Muitas faculdades de Direito não têm comprometimento com a qualidade do ensino; tem faculdade com aula só no fim de semana e até de madrugada.”
Já Dilson salientou que o Exame não visa dificultar a aprovação
dos bacharéis. Avelina lembrou ainda que a aprovação no Exame é uma exigência da lei 8.904/94 para o exercício da profissão de advogado, o que não ocorre em outras profissões.
Essa primeira edição unificada do Exame 138 traz muitas novidades para os candidatos de São Paulo. A primeira fase, prevista para 17 de maio, continuará com cem questões de múltipla escolha. A segunda fase, com redação de peça jurídica e de cinco questões práticas, marcada para o dia 28 de junho, incluirá três novas áreas de opção para os candidatos: Direito Administrativo, Direito Constitucional e Direito Empresarial, além das disciplinas clássicas Direito Penal, Direito Civil, Direito Tributário e Direito Trabalhista. “A inclusão de Direito Empresarial será muito positiva para os estudantes de São Paulo, pois grande parte faz estágio nessa área”, declarou Braz. Para ser aprovado na primeira fase, o candidato precisa acertar no mínimo 50 questões de múltipla escolha. Na fase discursiva, a nota de aprovação é seis.
Segundo Avelina, a unificação da avaliação é importante para avaliar os cursos dentro do mesmo critério: “Antes, com cada seccional realizando a sua prova, essas avaliações ficavam um pouco comprometidas. A unificação vai trazer a unidade do Direito, a avaliação dos cursos jurídicos como um todo, de uma forma uniforme.”
Antes da unificação, muitos bacharéis formados num estado faziam a prova em outro estado onde a avaliação fosse mais fácil, fato agora tornado irrelevante. No Exame 138, o candidato deve optar por fazer a prova no município onde tenha seu domicilio eleitoral ou no município de sua formação acadêmica.
A Comissão nacional do Exame de Ordem constituiu uma banca composta por 14 membros para avaliar as questões do Exame, a fim de contrabalançar as necessidades de cada região. Cabe à banca homologar ou mesmo vetar as questões elaboradas pelo Cespe (Centro de Seleção e Promoção de Eventos), instituição ligada à Universidade de Brasília, que já aplica tanto o Exame unificado e a prova da OAB SP.
5 comentários:
ha previsão de minas entrar no exame unificado?
Nenhuma.
é.... já começo a estudar a possibilidade de mudar de residência e fazer a prova no estado de SP...´sou muito mais a prova cespe...
abraços
O "sujo falando do mal lavado", ou seja, a OAB acusa que as faculdades só visam grana e ela só visa o que com esse famigerado exame? Ela sim que só visa grana e muita grana. Eu já havia comentado sobre não achar que o exame nacional é a melhor solução, pois embora o direito seja único, cada estado tem as suas peculidaridades e tanto é assim que a OAb diz que existe uma comissão formada por 14 membros para para avaliar as questões do exame, a fim de contrabalançar as necessidades de cada região. Ora, para que contrabalançar se fosse tudo a mesma coisa em todos os Estado? Istomsignifica na prática que muitas questões simplesmente são impossíveis de serem solucuionadas por bachareíes de determinados estados e se é assim alguém vai ter prejuizo, e dos grandes, com essa história de exame unificado.
Olá Pessoal,
Alguém tem informações sobre a aceitação da unificação do exame de ordem em Minas Gerais?
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