Concurso do MPDFT para promotor é anulado devido a suspeitas de fraude

terça-feira, 7 de abril de 2009

A primeira fase do concurso promovido pelo Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para o cargo de promotor adjunto foi anulada devido a suspeitas de fraude. A decisão de paralisar a seleção veio do Conselho Superior do órgão, que descobriu que João Pavanelli Neto, primeiro colocado nesta etapa avaliativa, era o principal assessor da procuradora Arinda Fernandes - que compunha a banca examinadora responsável por elaborar os exames. 

De acordo com o procurador-geral do DF, Leonardo Bandarra, ainda não há como comprovar nenhuma fraude, mas no entendimento do órgão os princípios constitucionais de moralidade e de impessoalidade foram feridos. Por isso, a procuradora deve ser impedida de participar da banca examinadora, considerando que seu assessor participou da seleção e que está em vantagem com os demais concorrentes. 

João Pavanelli, que havia deixado a assessoria há cerca de uma semana, conseguiu gabaritar todos os itens da prova de Direito Penal e teve uma boa classificação na disciplina de Direito Processual Penal. Dentre 2.738 concursandos que entraram na disputa pelas vagas, o candidato conseguiu alcançar a primeira colocação, somando 87 pontos. 

O MPDFT ainda não marcou nova data para as avaliações objetivas. Outra reunião deve ser realizada no dia 13 de abril para decidir quem irá substituir a procuradora na banca examinadora. Na última segunda-feira (6), o órgão publicou uma nota em seu site tornando pública a suspensão do concurso, que oferece 40 vagas e remuneração de R$ 19.955,40.


Essa história me lembra muito uma outra que ocorreu no 3º exame de ordem de 2006 aqui no Distrito Federal, em que o MPF tentou, com denodo, anular o exame todo. Quem quiser saber mais, clique aqui: http://noticias.pgr.mpf.gov.br/noticias-do-site/geral/mpf-df-pede-anulacao-do-exame-da-ordem-da-oab-df/

É do bê-a-bá do Direito Administrativo e da principiologia que o cerca que candidatos não podem ter vínculos com os membros da banca. O problema é contabilizar os prejuízos de quem se preparou muito e veio de longe para fazer a prova. O Ministério Público do Distrito Federal acertou na decisão de anular o certame, mas vai reembolsar os candidatos prejudicados? 

1 comentários:

Anônimo,  8 de abril de 2009 às 15:14  

Só tonto mesmo para acreditar que os concursos, exames ou coisa que o valha são à prova de fraude. No exame da ordem por exemplo, são adotadas tantas frescuras como se ninguém tivesse conhecimento das questões da prova. Pura hipocresia aquilo de dizer que determinada atitude do candidato identifica a prova. Deus do céu, numa prova dissertativa basta o candidato combinar com quem conhece os examinadores que determinada palavra será escrita na prova,que estará identificada. Não estou dizendo que o exame é fraudado (mas já foi várias vezes), mas estou dizendo que isso é possível e com muita facilidade até e estou também dizendo que não confiu em nenhum deles, em absolutamente nenhum, pois ninguém tem escrito na testa que é honesto.

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