Ainda sobre a prova de domingo - Expectativa de mudanças na formulação das questões

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Foi publicado hoje no site Capital News uma entrevista com o presidente eleito da OAB/MS, Dr. Leonardo Avelino Duarte, que ratifica o entendimento da minha postgem de ontem - Uma semana para a prova objetiva do Exame 3.2009.

Mais um indício de que efetivamente as questões objetivas deixarão o tradicional dogmatismo e exigirão mais interpretação jurídica.

De toda forma, isso não é ainda uma certeza (só verificável após a prova) como tambem não é possível apontar um prazo exato para que essa alteração começe a ser implementada. Presumo que seja já na prova de domingo, mas também pode ser iniciada só quando o provimento 136/09 começar a vigorar integralmente, dentro de um ano.

Vejamos trecho da entrevista:

Capital News: E, nesse cenário, como o senhor vê o processo seletivo da Ordem dos Advogados do Brasil?

Leonardo: A crítica que se faz ao exame de ordem é uma crítica pertinente porque o acadêmico não pode ter como primeiro contato com a instituição à qual ele terá um que seja traumático, que é o exame de ordem.

Geralmente, o cidadão nunca ouviu falar da OAB na vida, ele não tem consciência do papel cívico da Ordem e quando se encontra com ela, se encontra através de um contato traumático que é o exame.

Isso é chato. Isso tem que ser mudado. A Ordem tem que estar mais presente dentro das faculdades.

Nós queremos ter esta preocupação. Montando seminários, enfim.

Fora isso, é uma tendência já do Conselho Federal em deixar o exame de Ordem menos decorativo e mais interpretativo.

Vocês têm que concordar conosco de que não há necessidade de se decorar mais nada, texto de lei nenhuma. Vai chegar uma hora em que você vai abrir o relógio e vai fazer o download da legislação que você está procurando.

Não adianta ficar decorando lei. As leis mudam. Você tem que saber interpretá-las.

O problema é que, o modelo de ensino no Brasil, não só o usado no exame de ordem, o de ensino geral no Brasil, ainda é eminentemente decorativo. As provas perguntam o que é o instituto tal? O que diz a lei tal? É um modelo falido. Esse modelo baseado na memória é falido. Você tem que saber interpretar.

O que a Ordem tem que fazer. Ela tem que ajudar o acadêmico de direito, então, a voltar a ser crítico, a voltar a ser politizado. Tem que saber se o acadêmico de direito sabe interpretar texto. Se ele sabe escrever.

Fonte: CapitalNews

A grande pergunta é: A mudança no modelo da prova tornará o Exame mais fácil ou mais difícil?

5 comentários:

Donizete 11 de janeiro de 2010 às 13:34  

Na verdade não há nenhuma arbitrariedade caso a OAB resolva já a partir de domingo apresentar prova que exiga mais interpretação do bacharel. O que o provimento 136prevê para um ano após a sua publicação é a aplicação do conteúdo programático aumentado, como, por exemplo,direitos humanos, e não estilo de prova. Potanto, senhores e senhoras bacharéis, "apertem os cintos" que a coisa vai pegar no domingo.

JOSE CARLOS RODRIGUES 11 de janeiro de 2010 às 17:25  

Tenho certeza, que com a metodologia anterior do decoreba havia "ns" contradições nos enunciados e resposta, veja que agora será uma "ENXURRADA" de erros - creio eu o motivo do dispositivo do prov 136/09, qto aos recursos -, se embaralha no texto material, agora em lógica e hermenêutica, ficará f...!, Dou uma sugestão aos examinandos deve partir para outro curso, este estuda 5 anos depois mais outros para obter êxito no exame, depois mais no minimo outros 5 anos para passar em um concurso. Agora tem aqueles que passa tbem seria irracional dizer o contrário, de um jeito ou do outro...! Desculpas os enigmas, mas no Brasil é assim, veja o Arruda, empurrou a situação dele para Fevereiro/10, qual o escritorio de Advogados trabalha para ele? Todos sabem, neste blogger tinha o nome deste.

stkrabbe 11 de janeiro de 2010 às 20:41  

Se realmente mudar, vai ser para melhor. Saber pensar é muito mais útil do que saber decorar.
Claro que conhecer as leis é muito importante, mas da forma como é hoje, acho que está mais para decoreba mesmo do que para qualquer outra coisa.
Apimentando um pouquinho: se fosse para decorar, teria estudado para ser ator :)

Donizete 11 de janeiro de 2010 às 20:59  

Quero só dizer que o "exiga" foi erro de digitação, pois, evidentemente, a palavra correta é "exija".

Editor 11 de janeiro de 2010 às 21:27  

Se a prova exigir interpretação,tenho certeza que será mais fácil. Porém não acredito nessa vontade da OAB, o EXAME tem outro papel, ou seja, reserva de mercado. Mas vamos aguardar. Se continuar como está a OAB vai sucumbir. Se o Exame é necessário que se estenda aos outros cursos, por exemplo, medicina que labuta com a vida, engenharia com a segurança, administração com o patrimônio e outras importantes. Alegar que o ADVOGADO é diferente é depreciar as demais profissões. Há momentos que vivemos em uma aristocracia.

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