Cezar Britto fala sobre a unificação do Exame de Ordem

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Leiam um trecho de entrevista uma concedida pelo Dr. Cezar Britto ao Jornal do Commercio sobre sua gestão, incluindo a unificação do Exame de Ordem:

(...)

O que a OAB pretende fazer em relação às propostas em tramitação no Congresso que visam a extinguir com Exame de Ordem?

- O Exame de Ordem unificado extirpou a mercantilização do ensino jurídico brasileiro, pois apontou as várias instituições que praticam o que se denomina o conto do vigário educacional, ao prometerem a ascensão social pelo saber e ao fornecerem, em razão da ganância, um ensino de péssima qualidade. O Exame de Ordem apontou quais são as instituições que reprovam quase 100% de seus alunos. Evidentemente que essas instituições estão reagindo, pois querem o lucro fácil ao enganar o cidadão. Essas instituições pressionam o Congresso para que revoguem o certame. A OAB está alerta sobre essas pressões e tem atuado junto aos parlamentares demonstrando que a finalidade do Exame de Ordem não é a reprovação, mas exigir a qualidade técnica. Não poderia ser diferente. As carreiras jurídicas elencadas na Constituição têm na qualidade técnica a sua função e sua atividade. No Ministério Público e na magistratura a qualificação é aferida pelo concurso. Na advocacia é pelo Exame de Ordem. Hoje a prova é nacional. Isso foi algo consolidado nessa gestão. Quando assumi, o Exame de Ordem era feito de forma conjunta em sete estados do Nordeste. Termino a gestão com 27 estados realizando o certame.

Qual é a vantagem do exame unificado?

- Temos agora um diagnóstico confiável e único de todo o Brasil. Sabemos que a qualidade daquele que se formou no Amazonas é a mesma daquele que foi aprovado no Rio Grande do Sul. É importante até porque a carteira da OAB é nacional. O advogado pode atuar em todo território nacional. É importante, portanto, que a qualidade (da formação) seja a mesma. Com isso evitamos o que havia no passado, em que a pessoa se inscrevia para o Exame de Ordem na seccional onde achasse ser mais fácil passar. O Exame de Ordem unificado serviu até para quebrar alguns preconceitos. Por exemplo, dos dez estados que mais aprovam, sete são do Nordeste. Vamos começar a fazer, agora em 2010, perguntas sobre direitos humanos, direitos fundamentais e ética profissional. Com isso vamos focar em quem está investindo em colocar em seus currículos o conceito de humanidade, o que influenciará, a médio e longo prazos, as profissões do Direito já que o estudante terá esse conceito para passar no Exame de Ordem. (...)

12 comentários:

Unknown 1 de janeiro de 2010 às 22:09  

acreditaria nessa seleção se a última prova de 2009.2, respeitasse o principio da isonomia, bem como corrigir as questões com menos implicancia...
dizer que a nossa faculdade não está preparada para nos colocar no mercado de trabalho, é o mesmo que dizer que o MEC não tem capacidade, nem competencia o suficiente pra controlar os novos cursos de direito.

de todas as provas que eu fiz como exercicio para realizar esse exame de 2009.2, em nenhum momento me deparei com uma situação tão bizarra quanto foi essa prova, que até hoje nem os professores tem argumentos suficientes para me convencer de que essa peça correta era ACP, se eles que estão qualificados para ensinar, já são advogados experientes no mercado, tem fundamento sólido para responder tal questionamento, se juizes sao controversos entre si, e até doutrinadores discordam do que foi aplicado na prova pratica profissional, quem somos NÓS meros recém formados para DESCOBRIR O QUE SE PASSOU NA CABEÇA DO EXAMINADOR...

e a OAB SE PREOCUPA COM O ARRUDA...ARRUDA ISSO..ARRUDA AQUILO....E DENTRO DA PROPRIA CASA, ESTA PEGANDO FOGO...

A PROPRIA OAB PEDE O IMPEACHMENT DO GOVERNADOR DO DF, mas comete esse MASSACRE COM os bacharéis recém formados, cometendo as piores atrocidades com o principio da isonomia, e agora ferindo o PRINCIPIO DA LEGALIDADE...e FINGE QUE NADA ACONTECE....quero ver esse resultado no dia 15 de janeiro....

SINCERAMENTE...A ÚNICA ESPERANÇA É UM MILAGRE..

JOSE CARLOS RODRIGUES 1 de janeiro de 2010 às 22:44  

Dúvido que o Senhor não tinha matéria criativa e frutífera, para ser postada no lugar desta entrevista, deste cidadao que não merece ficar tanto na midia, este faz parte da turma que vai acabar com a advocacia no Brasil.

JOSE CARLOS RODRIGUES 2 de janeiro de 2010 às 09:18  

Sabia que não iria ser postado meus comentários, portanto, valeu o que vc postou, parabens!!!.

Unknown 2 de janeiro de 2010 às 13:44  

O Presidente Cesar Brito deveria se preocupar em evitar erros absurdos como o que ocorreu com a aplicação do Exame de Ordem 2009.2 em especial com os que optantes da area trabalhista, uma verdadeira sacanagem com os Bacharéis em Direito do Brasil mas logo logo o STF declarará INCOSNTITUCIONAL a exigencia do Exame de Ordem para colocar ordem na OAB.

Maurício Gieseler de Assis 2 de janeiro de 2010 às 20:28  

José Carlos.

Este aqui é um blog sobre o Exame de Ordem, e não um blog contrário ao exame, como alguns são. Se o presidente da OAB tem uma opinião sobre o assunto, ela é objeto de interesse do blog.

Donizete 3 de janeiro de 2010 às 11:44  

Ciciliotti, honestamente essa conversa já enjoou. Se você não teve conhecimento suficiente para aprovação parta para o prósximo e páre de ficar "chorando lágrimas derramadas". Conversinha "para boi dormir" essa de que professores e especialistas não têm base sólidas para fundamentar a ACP. Claro, não têm porque todos, todos, absolutamente TODOS, são professores de cursinhos que querem de qualquer maneira justificar suas falhas por não terem ensinado a ACP para seus alunos e PONTO.Olha aqui, por mais dubiedade que tenha havido na questão, se você (e os demais reprovados) tivesse um bom conhecimento do direito material civil e do direito processual civil teria feito a peça (ACP) tranquilamente sem qualquer dificuldade, esta é que é a realidade. Agora, é claro, ficam querendo encontrar desculpas e mais desculpas na esperança de que a OAB decida aprovar todos e sabe que dia isso vai acontecer? N U N C A.

Donizete 3 de janeiro de 2010 às 11:52  

Eu só sei duma coisa: no dia em que as faculdades passarem a ensinar de verdade e a exigir dos seus alunos conhecimento (hoje todos passam de ano, mesmo não sabendo), a partir daí teremos percentuais elevados de aprovação no exame da ordem. Enquanto isso não acontecer, a reprovação em massa e a "choradeira" generalizada serão a tônica do exame.

DIGNIDADE 3 de janeiro de 2010 às 14:59  

A OAB perdeu um momento pra entra pra história da vida de todos aqueles que estudam direito por se identificar com a JUSTIÇA. Foi o que NÃO aconteceu na última prova da OAB 2009.2, um verdasdeiro assalto a mão armada contra todos os bacharéis.
Aí você pergunta? Será que vai mudar para as próximas provas?
Eu não acredito, o dano já foi causado e é irreparável, não tiveram respeito e nem considerção pelos anos de estudos dos bacharéis, decisiram de forma desumana e covarde, passando por cima de tudo e de todos, passando por cima dos mais notáveis na area trabalhista...foi um massacre e chegaram aos seu objetivo que é a eliminação do maior número de bacharéis possíveis...É uma pena esta forma de prova que só tenta a eliminação e não prova nehum conhecimento...

Era o momento pra OAB ganhar com a opinião pública e dos próprios bacharéis...mas não só antipatia...foi uma VERGONHA!!!

ESSE SENTIMENTO NÃO VAI ACABAR, até mesmo pra os que passaram...

FOI A MAIS SANGRENTA E COVARDE INJUSTIÇA...

ADEUS!!!

Ana Carolina 3 de janeiro de 2010 às 15:28  

Gostaria que fosse melhor elucidado o conceito de "qualidade técnica" buscado pela OAB, eis que após o exame 2009.2, interpreto-o como "humor" do corretor. A peça da prova de trabalho da 2ª fase foi notoriamente mal elaborada e mal corrigida. Fiz uma rt sem consignar, pois de acordo com o enunciado era a melhor opção ao meu cliente e sequer foi corrigida, contrariando o edital, apesar de NÃO SER INEPTA - tanto que MUITAS IDÊNTICAS FORAM CORRIGIDAS E QUEM AS FEZ PASSOU... Onde fica a isonomia? E o mais estranho disso tudo é que vi ações de consignação em pagamento sem liquidar (peça inepta juridicamente) que foram corrigidas e pontuadas... Provavelmente porque no espelho e no padrão de respostas não havia essa opção como essencial. Adoraria saber qual a "qualificação técnica" de quem fez e corrigiu essas provas...
Bem, a OAB reconheceu que houve "possíveis injustiças". Espero que agora faça justiça e pontue a minha peça e a de tantos outros sob o mesmo critério dos demais que foram a aprovados. Só desejo isso para o dia 15.

José Clésio 3 de janeiro de 2010 às 22:19  

Se a faculdade realmente prepara o aluno para ser advogado, pois são 5 anos de estudos, provas, etc..., por que muitos procuram cursinhos para APRENDER a fazer peças???

Estranho, será que a faculdade não ensina isso???

ALGUÉM PODE ME RESPONDER????

Donizete 4 de janeiro de 2010 às 21:23  

José Clésio, por incrível que possa parecer as faculdades (quase todas) não ensinam. Elas fingem que ensinam e os alunos fingem que aprendem e na hora do "vamos ver" ficam por aí os bacharéis relamando de tudo e de todos. Durante 5 anos ficam os alunos fazendo festas, tomando seus chops na frende das faculdades, torcendo para que não haja aulas nas vésperas de feriados, pedindo e aplaudindo professores que nunca reprovam ninguém (sempre dão trabalhos de araques para recuperação de notas), etc., etc. e tal. Enfim, os estudantes nunca, jamais exigem que suas faculdades ensinem de verdade e quando chegam na hora do exame a reprovação em massa é inevitável.Neste último exame os bacharéis, principalmente os que fizeram direito do trabalho, reclamaram demais da existência de dubiedades nas questões da prova. Tudo mentira, a dubiedade é fruto do desconhecimento deles. Claro, quem não conhece, quem não sabe a resposta correta, enxerga dubiedade para todos os lados. Eu tenho convicção absoluta (usando um pleonasmo para reforçar a ideia)que se os bacharéis que fizeram a prova de direito do trabalho tivessem um bom conhecimento da base do direito, que é o direito material civil e o direito processual civil, nenhuma dubiedade eles teriam enxergado, ou seja, responderiam corretamente sem nenhuma dificuldade a peça pedida, que foi uma ACP.Logicamente que eles agora, querendo aprovação na marra, ficam com essa conversinha mole de que a prova foi mal elaborada, que era prova com respostas várias, etc.Tudo fálacias.

José Clésio 5 de janeiro de 2010 às 18:41  

Donizete,
Entendo que aqueles que não consenguem passar no exame da OAB, deveria processar a faculdade por má prestação na qualidade de ensino e processar o Estado por autorizar o funcionamento desses cursos.
Quando entrei na facul, fiz o vestibular no sábado e na terça já tinha saido o resultado, ai pensei: como corrigiram tantas redações em 2 dias???
Depois da 1ª prova, devido aos erros de português (iço, pobrema) teve um santo professor que se dispos a dar aula de português aos sábados
Eu me formei em uma faculdade que diz que é a que mais aprova na OAB, e tinha conhecimento que não iria aprender Direito, assistindo aulas de professores repetidores de resumo, pois todos compravam o livro do Maximiliano para acompanhar a aula. Nada contra o autor, mas um futuro operador do Direito não pode se basear nesses resumos.
Em relação a peças, a única professora q ensinava a fazer peças, foi mandada embora!!! E os melhores professores também!!!
Na minha faculdade nunca vi ninguém reclamando da falta de livros na biblioteca, da falta de aulas, entre outros.

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