Primeiro exame unificado tem apenas 12% de aprovados na 1ª fase em São Paulo
quarta-feira, 27 de maio de 2009
A Comissão de Estágio e Exame de Ordem da OAB SP divulgou nesta terça-feira (26/5), a lista dos aprovados na primeira fase do Exame de Ordem Unificado 2009.1 (Exame SP 138), do qual a Seccional Paulista da OAB participou pela primeira vez. No Estado de São Paulo houve 18.925 candidatos inscritos e apenas 2.233 aprovados na primeira fase, equivalente a 12% de aprovação. (...)
No quadro nacional, São Paulo ficou em 24º lugar entre os 26 Estados que realizam o Exame de Ordem Unificado em todo o Brasil, com exceção de Minas Gerais. Em termos de número de aprovados, somente Mato Grosso (11,8%) e Amapá (11,6%) tiveram índices mais baixos. Entre as cidades com maior número de inscritos em São Paulo, os resultados foram: Campinas, com 911 inscritos e 98 aprovados, são José do Rio Preto 855, com 87 aprovados, ABC 131 com 17 aprovados e Ribeirão Preto 549, com 74 aprovados.
Na avaliação de Braz Martins Neto, os resultados propiciam um quadro panorâmico do ensino jurídico em todo o país. “ Certamente, o resultado não foi bom do ponto de vista da qualidade do ensino, pois evidenciou que há muitos cursos jurídicos com perfis mercantilistas, confirmando a falta de compromisso em bem preparar os bacharéis em Direito. É interessante observar que alunos de faculdades compromissadas com o ensino, como a Universidade de São Paulo, tiveram um aproveitamento acima de 70% nesta prova’, ressalta Braz.
Fonte: OAB SP
19 comentários:
12% para deixar o número menos feio, pois foi 11,8%.
Quem fica contente com este indice ?
Com certeza os cursinhos e a OAB.
Vão ficar mais ricos ainda.
E nós idiotas temos que pagar uma fortuna pra um curso e agora sofrer para passar nessa Droga... Não temos culpa de criarem estas instituições, se tem vestibular para elas, cremos que no mínimo fossem boas, agora temos que sofrer por algo que não tivemos culpa. Não temos condições de frequentar ótimas Universidades ao nível que a OAB prepara as provas, deve existir sim uma forma de avaliação mas não essa. Fechem os cursos e apliquem outras provas pra quem realmente se dedicou por fora da faculdade e somente não consegue porque essa prova realmente é muita sacanagem, peguem curriculum, tempo de trabalho na área, pois o que vemos são pegadinhas em cima de pegadinhas, temos que decorar códigos para provarmos que somos bons advogados? isso é ridículo. Vejam nas questões eles mudam uma palavra, são 5 mil artigos pra ler, nem o maior inteligente de todos conseguirá tal feito, muita gente leva sorte, conheço péssimos alunos que passam no chutômetro e outros ótimos que ao ficarem nervoso pela pressão que sofrem não passarem, enquanto isso outros entes ganhando muito dinheiro... esse é o Brasil, depois criticam qndo o pessoal vai para o exterior estudar, pelo menos lá há possibilidades de ter um maior equilíbrio.... pena que nem todos podem fazer isso...
O editorial assim é a mais pura verdade, qualquer alfabetizado entenderia que o ensino jurídico no Brasil é um verdadeira galinha dos ovos de ouro. O que a OAB FEDERAL está fazendo? Só se manifesta na ponta do problema. Porque a bancada política que defendem tanto a prova da ordem não abre uma CPI para investigar esses MERCADORES. CADÊ O MEC. Cadê Nosso Ilustríssimo Doutor Ministro da Educação. Quando vejo os índices de aprovação nas publicidades dos cursinhos 90% parece brincadeira...
Olá, vi a fotografia no post, e lembrei-me da sala onde realizei a primeira fase do exame 2009.1, na cidade de Passo Fundo, Rio Grande do Sul, na Escola Estadual Nicolau de Araujo Vergueiro, sabendo o alto valor arrecadado pela OAB com o referido exame, é indignante chegar em uma sala de aula, onde, fora as condiçoes precárias gerais das mesas e cadeiras, bambas, que não se afirmavam ao chão, o pior de tudo, numa sala escura, onde as janelas davam para um pátio cheio de árvores, das seis luminárias, duas, no centro da sala não acenderam, e, sabendo ainda que as 5 horas e 30 minutos, já não existia luz natural adentrando a sala, e que tinhamos, ou melhor, teriamos mais 1 hora e 30 minutos de tempo, como prestar prova nessas condições? chegaram a trazer um retro-projetor pra sala, para que a luz desse equipamento suprisse a falta das demais, que esperança, bom, passei mesmo assim na primeira fase, mas estou seriamente preocupado com a segunda fase, por razões naturais, escurecerá mais cedo, e, tratar-se-á de prova discursiva, como então escrever usando cadeiras e principalmente mesas bambas? e pior? consultar leis e doutrinas e escrever sem uma iluminação suficiente? pelo preço da inscrição, acho uma ofensa, uma falta de vergonha na cara, e mesmo de caráter de quem organiza tal exame, pois não observa as minimas condições do local a ser utilizado para a realização das provas, gostaria que o Dr. Maurício Gieseler de Assis, publicasse este desabafo e protesto em um post, a fim de tornar pública esta situação vergonhosa e preocupante, que, não deveria guardar qualquer relação com um orgão como a OAB, existem sim opções, existem na cidade de Passo Fundo no mínimo 4 faculdades que teriam condições infinitamente melhores de receber os examinandos para a realização do exame da ordem, gostaria de saber também se mais pessoas realizaram a prova em condições semelhantes. grato pela atenção.
Isso significa q as chances de anularem questões aumenta. Pois se a média geral de aprovados para a 2a fase, baseado nos inscritos, é de 50%, parece q será como o exame passado e várias serão anuladas! Não foi assim q aconteceu para anularem 6???
Pois é São Paulo....achavam que tinham o exame mais dificil!! E agora??
ESTUDEM!
A OAB faz um juízo "a priori"! Nem se sabe ainda quantos, EXATAMENTE,
passarão na primeira fase, no recurso! Essa pertecentagem de apenas 12% de aprovados, com certeza subirá, e muito! Imagine quantos não ficaram por 1 ponto! Imagine ainda, se forem anuladas umas 2 ou 3 questões! Potz, isso que dá raiva..., dizer que um estado ou outro teve "x" de aprovação, SEM ao menos saber-se o número exato de reprovações...
Não houve um juizo "a priori". os dados estatísticos são objetivos e baseados em números. Não há erro aí. Ademais, se a OAB anular uma questão, é que os números finais serão alterados.
Afora isso, ainda teremos a segunda fase, afinal, o exame não acabou.
A realidade está bem aí, só não vê quem não quer...
AÊ POVO DE "SUM PAULO"...O D´URSO QUER O 3° MANDATO..E AÍ? QUEM VOTA PRÁ ELE FICAR E QUEM PEDE PRA ELE SAIR?...É TRISTE..MAS É A REALIDAE..QUEM NÃO TIROU A OAB AQUI EM SP ATÉ AGORA E ACHAVA QUE A PROVA ERA MUITO DIFÍCIL SE SURPREENDERAM...A PROVA CESPE REALMENTE É COMPLICADÍSSIMA..CANSATIVA..E QUEM FOI FAZER A PROVA PORQUE ACHAVA QUE SERIA MAIS FÁCIL POR CONTA DA "TRANSIÇÃO" SE COMPLICOU..O CURSINHO DAMÁSIO ESTAVA APOSTANDO NISSO...E AGORA? COMO SE SENTIR TENDO SÓ 12% DE APROVADOS EM UMA CIDADE DO TAMANHO DE SP?...DIFÍCIL...MUITO DIFÍCIL..BOA SORTE A TODOS..E NUNCA DESISTAM GENTE..AINDA TEM MINAS QUE NÃO ADERIU AO EXAME..MUITA GENTE VINHA PRÁ SÃO PAULO PRESTAR A PROVA AQUI POR CONTA DA CESPE..
Pois é né "Seu Braz"...e quem em SP tem dinheiro pra fazer uma USP?...isso que eu acho engraçado..a OAB se pauta muito na USP, PUC..e quem tem grana prá fazer uma USP ou PUC?..com certeza os filhos do Sr. Braz, do Sr. D´urso...quero ver o negro, pobre, filho de mãe doméstica e pai motorista fazer direito no Largo São Francisco...essa é boa..a realidade é essa..rico e filhinho de papai que não precisa faz USP, UNB, UFRJ...o pobre que sonha em ser o "doutor" da família se "lasca" prá pagar uma faculdade ruim - porque se tivesse condições de desmbolsar R$ 1.700,00 faria uma PUC, FAAP com certeza..e aí me vem o representante da OAB e diz que alunos da USP se deram bem nessa prova..claro que se deram bem..estudo bom aqui nesse país é prá poucos..assim como passar na prova da OAB..pelo jeito só a USP passou aqui em São Paulo né..francamente...o direito e a OAB não é prá pobre não..é prá elite do Largo São Francisco..
Cara, USP é gratuita. Estudei lá e tinha muita gente pobre, vindo do Nordeste ou outras localidades, sem qualquer recurso de cursinhos de playboy. A diferença é que estudaram muito e/ou eram inteligentes. Tem gente com $$ lá também, mas numa proporção muito menor do que nas particulares de 1a linha. Comprovando baixa renda, até Fuvest é de graça, viu?
Só tem playboy na usp, mano. Olha o estacionamento da Poli, olha a FEA, olha a SanFran... Sem piadas, por favor. Pobre lá é exceção, falo com conhecimento de causa. Estão lá para manter o "status quo", e toda a injustiça brasileira, depois se tornam magistrados, defensores e promotores e fodem mais ainda com a vida da população, porque a maioria nunca viveu a "vida" mesmo.
Pois é, isso já era previsto.
Tragédia anunciada!
Quanto mais resitência em aderir à CESPE existe, é sinal que algo de podre há!
E agora?
Não disseram que o exame de SP era o melhor do mundo, mais difícil, que a CESPE ERA FÁCIL, feita pros "nordestinos burros", que aprovavam 30%, em média??
Prefiro ser taxado como "burro" para os padrões de alguns "sulistas" e ser aprovado na OAB.
Agora chegou a hora, jajá vão procurar colocar a culpa na CESPE, na OAB, na elaboração da prova, etc.
É, diante das coisas simples, os homens são cegos feitos morcegos.
Quem sabe a solução pra SP não será voltar ao antigo exame, e todos se calam contentes?
Ah..por favor..falar que na USP tem muita gente pobre é verdade...os faxineiros, as tiazinhas da limpeza..quem vem do norte e nordeste pra fazer USP é porque tem dinheiro também..beleza..o vestibular é gratuito e a USP é gratuita..isso todos nós sabemos..assim como sabemos que só entra lá que tem grana..quem teve condição de fazer um ensino fundamental e médio em uma boa escola desde pequeno..há muito tempo passou no fantastico a reportagem de um negro, pobre que se não me engana morava na favela de paraisopolis aqui em SP e passou em medicina lá na USP..sabe porque a reportagem? porque ele era negro, pobre e não tinha mais condição de levar o sonho dele adiante..agora vem me falar que pobre fica na USP?..por favor...o ensino universitário de boa qualidade hoje em dia é prá poucos...prá quem tem dinheiro..eu era estagiária e uma vez fui até o JEC da USP que fica aqui na Rua Riachuelo em frente ao MP..sabe qual era a conversa dos "pobres coitados" estagiários de lá?..as viagens pelo mundo e os carros que ganharam dos pais quando entraram lá..confesso que saí de lá muito triste e desanimada, porque eu me matando em uma faculdade de 5ª que mal podia pagar e sem nem dinheiro prá comer e sonhando com o MP e ali pessoas que nunca precisaram se preocupar com nada e com certeza serão promotores, juizes sem um décimo do esforço que eu terei que passar..simplesmente por eu ser pobre e eles serem ricos..por sempre terem contado com ensino de qualidade..infelizmente é essa a realidade do nosso país..ensino elitista e só..não vá muito longe..pegue os nomes dos desembargadores do TJ e vejam quantos fez USP..peguem os nomes dos promotores do MP e vejam quantos fizeram USP..e vejam quantos fizeram UNINOVE...
Meus caros que travam a discussão em relação ao ingresso na USP, vamos fazer uma analogia: você embarcaria em um avião sabendo que o piloto fez um curso "meia boca" e só conhece uma parte dos comandos da aeronave? Tenho certeza que não. Ora, todos sabemos que uma escola para pilotos não é para qualquer um, somente quem tem grana pode paga-la. E se é assim, só porque a pessoa é pobre e nunca pode pagar uma escola para aprender a pilotar, alguém vai lhe contratar para ser piloto? O que quero dizer com isso? Quero dizer que não importa se a pessoa é pobre ou é rica, o que importa é se ela aprendeu, ou seja, sendo rica ou sendo pobre se não aprender não tem como exercer a profissão. Se aprendeu estará qualificada e se não aprendeu não estará qualificada e não estando qualificada não é a questão de ela ser pobre e não ter tido condições de ter uma boa escola que lhe credencia automaticamente ao exercício da profissão. Infelizmente vivemos em um país cheio de desigualdades em que só os ricos têm as melhores oportunidades, mas fazer o que? Não tem nada a ser feito, se a pessoa que é pobre não conseguir ingressar na USP infelizmente ela não vai aprender e ponto.Não é a qualidade de ser rico ou pobre que deve ser critério credenciador ao exercício da profissão. A questão é que as pessoas sempre reclamam que só os ricos têm acesso às boas escolas, mas ninguém nunca faz nada de efetivo para forçar os governantes a mudar tal situação. Educação é uma coisa tão séria que as pessoas deveriam lutar, brigar, para que o Estado oferecesse de graça escola e material didático(até a faculdade) para todos que quisessem estudar; mas não, ao invés disso as pessoas ficam é elegendo só aqueles candidatos que constroem pontes, viadutos, distribuem bolsa família, bolsa isso, auxílio aquilo, enfiam que fazem caridade.Eu sou pobre e jamais estudei em escola particular, pois nunca tive condições para tal e sinto falta disso, sinto que sou despreparado, mas nem por isso eu vou querer exercer uma profissão sem ser qualificado para tal só porque sou pobre, o que faço é, no limite das minhas possibilidades e força, conconscientizar as pessoas do seu papel na sociedade quanto ao papel do Estado na formação dos cidadãos e também não voto em qualquer lixo que por aí se candidata (e que quase sempre é eleito e ainda fica com fama de bom).
Ocorre que a desigualdade social aqui no Brasil vem de séculos..o que dizer do país que tem alto indice de negros e ser o último a libertar os escravos?..quando digo que a USP é prá poucos não é pra travar batalha alguma..o grande problema é que a OAB sempre se baseia na USP e isso não é certo..quer dizer então que a prova do SUL deve ser feita com base na UFRS?..isso não existe..a OAB deve se adequar a realidade do ensino juridico do país e não de "uns poucos" que tem condição de ter bons estudos..nessa esfera não há que se falar em governantes..a OAB é sui generis..e a diferença social, racial aqui no país depende de políticos..e nada mudou até agora..por mais que você acredite que fulano fará um bom governo, sempre haverá denúncias de corrupção..e não se pode esperar que as escolas públicas mudem e melhorem prá vc poder ter um estudo melhor..acredito que a grande maioria das pessoas que acessem esse blog tenham terminado o ensino superior e não importa se foi em uma boa ou má faculdade, podemos nos considerar, infelizmente..privilegiados..digo infelizmente por não podermos exercer nossa profissão enquanto não passar na OAB..mas é um grande avanço...estudar hoje em dia está cada vez mais dificil e caro..mais uma vez não me pauto à desigualdade de fulano ter tido a sorte de entrar na USP e eu ter feito UNIP e ter deixado débito lá..mas critico o fato da OAB se pautar em USP...o ensino juridico brasileiro não pode ser pautado em USP, UFRJ, UFRS...deve ser pautado na realidade que vivemos..que a grande maioria que presta a prova da OAB não cursou direito em universidades públicas...se a OAB se adequasse à realidade n~so haveria tanta reprovação..
Meu caro anônimo que postou o comentário às 12:41..na época do império advogados eram prá poucos..estudava-se na França ou Portugal e aí ao voltar ao Brasil se advogava para a coroa..para os que não podiam contar com os "advogados da época" existiam os rábulas..ex-escravos que trabalhavam como advogados..e detalhe..não possuiam a formação acadêmica necessária..mas obtinham autorização do Poder Judiciário ou mesmo do Instituto dos Advogados na época..claro que não podemos comparar antes e agora..mas o que eu pretendo passar é que não é a prova da OAB que vai "dizer" que você está ou não preparado para advogar...quanto ao "curso meia boca"...não qualifica ninguém você cursar USP ou a faculdade da esquina..os rábulas de antigamente nem direito fizeram..mas só existia eles.. e o que difere o bom profissional não é a universidade que fez e sim o potencial que tem, o que não é medido pela prova da OAB..
O Anônimo ai de cima, disse uma coisa interessante e eu fiquei pensando: como não existem mais os tais rábulas fica dificil para o morador de " comunidade" ou favela ( como queiram), conseguir um advogado, a não ser que procurem a defensoria pública,órgão que acredito, não atenda com celeridade e presteza as exigência dos moradores dessas áreas. Qual seria a solução? formar advogados nas próprias comunidades.Mas, O estudante consegue uma bolsa de estudos ( dada pelo governo ) em uma escola particular( não será Puc, claro ), se forma e não consegue advogar. Claro, tem o tal exame que frustra esse propósito,e a advocacia continua sendo privilégio da clase média e da elite. De vez em quando um fura esse bloqueio, mas é um percentual bem diminuto. Eu acho que, desde o momento que a tv começou a mostrar advogados de comunidades defendendo os moradores que eram acusados de alguma infração,é que veio a bomba-exame da Oab- Esse Brasil não tem cidadania, essa Cf é pra inglês ver.
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