Por que Minas Gerais não adere ao exame unificado?

terça-feira, 28 de abril de 2009

Segundo o presidente da Comissão do Exame de Ordem mineira, Ronaldo Garcia Dias “tal fato se deve, em primeiro lugar, para resguardar a autonomia da seccional relativamente aos seus inscritos, além de garantir importante fonte de recurso para que a instituição possa gerir os inúmeros compromissos com suas subseções”.


Não consigo ver qualquer razão para que uma Seccional perca autonomia ou fonte de recursos pela mera adesão ao exame unificado. A participação do Cespe no exame é resultado de mera descentralização administrativa de uma competência que pertence isoladamente a cada uma das seccionais, afora o fato do exame unificado ter se transformado em paradigma para a mensuração da qualidade do ensino jurídico (não quer dizer que seja um bom paradigma, mas isso é outra história) e minimizado o risco de eventuais fraudes. Por essas razões até mesmo a poderosa Seccional Paulista da OAB aderiu ao exame unificado.

A postura da Seccional Mineira, ainda que legítima, não parece ser a mais acertada em face aos novos tempos.

6 comentários:

Anônimo,  28 de abril de 2009 às 15:41  

Na minha opniao, com o exame unificado ou seja, com a CESPE, o certame foi moralizado! Tenho a prova do meu primeiro exame que prestei na seccional RJ, se nao me falha a memoria, foi o examde de numero 31!
minha Acao Popular esta perfeita e nao logrei exito, enquanto colegas fizeram Acao de Improbidade Administrativa ( sendo o MP legitimado)conseguiram passar!

Anônimo,  28 de abril de 2009 às 20:11  

A Secional assume o que todo mundo já sabe, ou seja, o exame da OAB é apenas uma mina de arrecadação, é só para isso que ele serve. Nojeira é essa tal OAB, dá nojo.

Anônimo,  28 de abril de 2009 às 20:19  

Anônio das 15:41, moralizou o exame em que? Não mudou nada, a não ser que agora a prova da primeira fase, que passou a ser elaborada pela CESPE com pitaco dos 14 membros da OAB, é mais ridícula (mais decoreba),e são realizadas no mesmo dia, e o ponto da peça processual é igual para todos (da área escolhida). A correção da prova continua do mesmíssimo jeito, é a banca examinadora de cada Seccional que faz a correção.Portanto, se você tinha esperança que que os exminadores agora sejam outros pode tirar o cavalinho da chuva porque não são não.

Anônimo,  30 de abril de 2009 às 10:33  

Concordo com o Anônimo das 20:11
Chega a dar tristeza depender desse Exame formulado pela OAB.
Não sou contra a realização de uma avaliação. Mas da forma que é feita, fica complicado.

Anônimo,  2 de maio de 2009 às 14:12  

A prova em MG é um lixo! Um lixo mesmo! Os enunciados apresentam erros grotescos de concordância, digitação e até palavras escritas erradas! Sem contar a correção, que é lastimável! Já na 2a etapa, o pior problema é a correção, pois os examinadores nem sequer fundamentam as asneiras que cometem.

Anônimo,  11 de junho de 2009 às 18:53  

Não concordo que a prova de MG seja um lixo, digo até que ela seja mais flexivel, digo até que quem não poderia errar seria a CESPE que é paga para formular uma prova dentro de um parametro impecável e mesmo assim ela não consegue. Portanto amigo essa divisão não nos leva "bachareis" a nenhum lugar. Tanto faz ser unificada ou não, isso não nos vem ao caso. O que poderia ser resolvido entre as seccionais era formular uma prova mais estudantil do que profissional e cobrar uma taxa com mais cara de taxa, por que os bachareis não tem obrigação nenhuma de sustentar qualquer luxo de advogados.

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